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Conheça as histórias de cães que foram abandonados e hoje tem novas famílias

Conheça as histórias de cães que foram abandonados e hoje tem novas famílias
Foto-Divulgação.

Toda semana, O Jornal O Popular pública em suas páginas, algumas notícias comoventes. Dessa vez, separamos quatro histórias emocionantes, de cãezinhos que estavam à beira da morte e foram resgatados e curados por protetores independentes.

Os animais tiveram uma segunda chance e graças ao trabalho incansável e dedicado desses protetores, ganharam uma nova família. Acompanhe os relatos.

Condenado à morte, Madruga ganhou um lar e muito carinho

No dia 16 de novembro de 2021, voltando do trabalho na hora do almoço, o protetor Zezinho encontrou um cachorro deitado na beira de um muro. Quando retornava para a empresa, minutos depois, percebeu que o animal estava lá, no mesmo lugar, imóvel. Ele buscou informações em uma loja na beira da Rodovia do Xisto e descobriu que o Madruga (ou Madruguinha) havia sido atropelado. O caminhão de uma empresa de Colombo, que transporta combustíveis, havia passado por cima dele. O motorista, com a ajuda de um motoqueiro, tirou o Madruga da pista, o deixou na beira do muro, e seguiu viagem.

“Não poderia deixar o cãozinho morrer, entrei em contato com a clínica Mundo Pet, que sempre faz os atendimentos dos animais que eu resgato e eles vieram em meu socorro. Com todo cuidado, coloquei o Madruga dentro de uma caixa de papelão e o levamos para fazer exames. Ele havia fraturado uma das pernas, passou por uma cirurgia com o ortopedista Dr Diego, e enfrentou longos dias de recuperação e fisioterapia. Ele pesava aproximadamente uns 4 kg, hoje está com um mais de 20 kg e ainda fará outra cirurgia. Ele é um guerreiro e continua sob meus cuidados”, disse Zezinho.

Belinha sobreviveu a um atropelamento e hoje é a alegria da família

Belinha foi resgatada no dia 6 de janeiro de 2021, pelo protetor independente Zezinho ZPA, após ter sido atropelada na Rodovia do Xisto, perto da empresa Cocelpa. Ele conta que foi chamado para resgatar a cadelinha e quando chegou no local, encontrou uma moça segurando uma caixa de papelão e dentro estava a Belinha, muito machucada.

“Essa moça havia tirado ela do meio dos carros. Imediatamente entrei em contato com a Veterinária Mundo Pet e a levamos para fazer uma avaliação. Chegando lá, a cachorrinha fez os exames que constataram fraturas, porém ela estava grávida e com muita anemia, devido a doença do carrapato. Foi iniciado um tratamento com vitaminas para tentar salvar os filhotinhos. Após alguns dias os exames foram repetidos e houve melhoras, então foi feita uma cesárea para retirada dos ‘bebezinhos’, que precisaram ser alimentados por mamadeiras. A Belinha começou um tratamento com antibióticos e vitaminas para tratar as doenças. Os ‘bebês’ pegaram infecção e infelizmente não conseguimos salvá-los. Foram mais de dois meses de tratamento e muita luta para salvar a Belinha, até que no dia 22 de março, ela foi adotada pela família do Dr Gustavo Botogoski”, conta Zezinho.

“As crianças queriam um cachorrinho, então eu e minha esposa Renata dissemos que queríamos adotar um cãozinho de rua, que estivesse precisando de um lar. Falamos com o Zezinho e quando vimos a Belinha, que também chamamos de Patota, nos apaixonamos e a adotamos. Hoje ela é o dengo da casa, as crianças adoram e cuidam com todo carinho”, disse o Dr Gustavo.

Ouricinho virou o Caramelo, o cãozinho mimado por todos

No dia 11 de fevereiro de 2020, a protetora Ieda Ophis recebeu um pedido de ajuda para resgatar um cão que havia tentado pegar um ouriço. O animal ficou com o focinho e a boca cheios de espinhos e estava com tanta dor e tão assustado que não deixava ninguém se aproximar. “Quando alguém tentava pegá-lo, ele fugia para o mato. No dia seguinte ao fato, me avisaram que um rapaz tinha conseguido capturá-lo, então fui até lá e imediatamente o levei ao veterinário para fazer a retirada dos espinhos e a castração. Eu comecei a chamá-lo de Ouricinho. Ele ficou cego de um olho, e depois de recuperado, como eu tinha muitos animais sob meus cuidados, o coloquei em uma casinha, na frente de casa. Eu o alimentava, ele tinha uma caminha quentinha e macia e não passava frio e nem fome, era muito bem cuidado. Até que um dia uma família se mudou para a minha rua e todos os dias vinham comprar pão na frente da minha casa.  Ouricinho, muito esperto, ia brincar com eles e sempre ganhava um pãozinho e carinho. Começou a acompanhá-los até o portão e passava um bom tempo na frente da casa deles, até que um belo dia a Janaína (agora sua mamãe), resolveu adotá-lo.  O persistente Ouricinho ficou nessa por cerca de oito meses, mas convenceu a nova família, que se apaixonou por ele”, relata a protetora Ieda Ophis.

Janaína batizou o Ouricinho de Caramelo (também chamado de Melo), e ele está na família há cerca de dois anos e dois meses, fazendo a alegria de todos. “Hoje ele está aqui conosco, longe de todo perigo, frio e fome. Ele é muito amado e mimado também”, diz a tutora.

Esponja, a guerreirinha que ainda espera por um novo lar

No dia 7 de maio de 2022, Zezinho foi informado que uma cadelinha tinha sido atropelada na rua Avestruz, em frente ao Supermercado Roni. O protetor foi até o local e encontrou um casal de cachorros na calçada. “Batizei a fêmea de Esponja e o macho de Tiguérinha. Mais uma vez, a Mundo Pet me socorreu, foi até o local buscar os dois animais. Feito o Raio X, constatou-se que a Esponja tinha fraturas no úmero, ela teve que fazer uma cirurgia e passou por longos dias de recuperação. Hoje ela está linda e ainda disponível para adoção. O colega dela, Tiguérinha, já ganhou uma nova família”, comentou Zezinho.

Hope, dos maus tratos a uma vida de “rainha”

Na tarde do dia 28 de setembro de 2019, em uma ação realizada pela Delegacia do Meio Ambiente de Curitiba, foram retirados vários animais em situação de maus tratos, com muitos problemas de saúde. A protetora Ieda Ohpis ficou como depositária fiel de uma Buldogue Francês, que batizou de Hope. A cachorra tinha pólipos (verrugas) nas duas orelhas e após passar por consulta veterinária na Universidade Tuiuti do Paraná, e por vários exames nas orelhas, constatou-se que ela estava totalmente surda, desidratada, abaixo do peso e apresentava sérios problemas de pele. Os veterinários prescreveram muitas medicações.

“Após alguns dias de tratamento, como não se observou melhoras, foi indicada a cirurgia de ablação bilateral (retirada do conduto auditivo) onde ela ficaria surda, sem chance de voltar a ouvir. Procurando outros meios, na tentativa de que ela voltasse a ouvir, optei por um tratamento alternativo com acupuntura, homeopatia, reiki e uma alimentação especial. Com as sessões de acupuntura, juntamente com outros tratamentos, ela começou a melhorar a cada dia, voltou a ouvir e os pólipos diminuíram. Hope ganhou peso, sua fisionomia mudou. Após o término do processo na DPMA, eu a adotei definitivamente e hoje ela vive como uma rainha”, diz a protetora.

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