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Corpo de Bombeiros desenvolve boia com garrafa Pet que pode salvar vítima de afogamento

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Com os dias mais quentes, é comum que as pessoas busquem locais para se refrescar. No entanto, nadar em cavas e rios, que são locais de proteção ambiental, não é uma alternativa segura. Apesar dos constantes alertas e da existência de placas orientando sobre esta proibição, muitos insistem em tomar banho nesses locais, fazendo aumentar o número de afogamentos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os anos de 2018 e 2021 foram registrados 26 casos de afogamentos em Araucária, totalizando 8 mortes e mais 10 vítimas em parada cardiorrespiratória, onde as condições de sobrevida são mínimas. Diante deste cenário, o Corpo de Bombeiros reforça que locais como cavas e represas não devem servir para banho, pois escondem vários perigos, sendo o principal deles o aumento abrupto da profundidade. “A pessoa sem perceber, com apenas um passo de distância, pode estar em uma área com 5 metros de profundidade e ainda se deparar com vários enroscos no fundo, vindo a afogar-se”, observa o Capitão Eduardo Niederheitmann Hunzicker, do Corpo de Bombeiros de Araucária.

Para tentar mudar esse quadro, neste ano, além das corriqueiras orientações, os bombeiros instalaram na represa do Passaúna, placas de sinalização e boias, feitas com materiais de baixo custo, que irão auxiliar em uma situação de emergência. O material flutuante poderá ser lançado para a vítima, sem a necessidade da entrada na água, nos pontos identificados como de maior risco. As placas também contêm informações que facilitam a localização da vítima, no caso de necessidade.

O desenvolvimento desta boia especial, feita com garrafas Pet, foi iniciativa do Capitão Hunzicker, após perceber que mesmo depois de várias orientações, as pessoas continuavam a se banhar nos locais de risco. Com apoio do comando do 6º Grupamento de Bombeiros, da Prefeitura de Araucária, da Defesa Civil e da iniciativa privada, por meio das empresas WM Termoplásticos e Ferramentas Huniv, ambas de Araucária, foi possível desenvolver uma peça plástica resistente, onde 3 garrafas Pet são acopladas por meio de encaixe e se transformam em uma boia de baixo custo. As boias estão sendo instaladas nos principais pontos de risco da represa.

“A boia só deve ser usada em caso de emergência, possui uma corda que servirá para puxar a vítima para a margem, tem o nome e número da placa (forneça este número ao atendente para facilitar a localização) e além disso, a coordenada geográfica da placa facilita e muito para as equipes de socorro chegarem ao local”, explica o capitão. Ele pede a colaboração da população, para que não retirem as boias do local para outros fins que não seja o resgate de vítimas.

Em casos de afogamentos, além de utilizar as novas boias, a orientação do Corpo de Bombeiros é que a pessoa acione o socorro imediatamente pelo fone 193.

Pessoas ignoram os avisos de perigo para tomar banho na represa.

Foto de: Marco Charneski.