CPI é aberta para apurar suposto mega furo em armazéns da família de Araucária

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A Câmara de Araucária aprovou na sessão plenária desta terça-feira, 24 de agosto, um requerimento pela abertura de Comissão de Inquérito (popularmente conhecida como CPI) para apuração de supostas irregularidades e danos ao erário na gestão dos armazéns da família entre os anos de 2009 e 2012.

O requerimento de abertura da Comissão foi assinado por seis vereadores: Ben Hur Custódio de Oliveira (Cidadania), Fábio Pavoni (PV), Celso Nicácio da Silva (PSD), Ricardo Teixeira (PSDB) e Vilson Cordeiro (PSL). Submetido ao plenário, ele foi aprovado de maneira unânime.

A possibilidade de abertura dessa CPI vinha sendo cogitada pelos vereadores já há alguns meses. Na semana passada mesmo, durante a sessão plenária, os edis haviam decidido pela formação de um grupo de trabalho para apurar as razões que impediam a reabertura do armazém em Araucária. As tratativas se aprofundaram nos dias seguintes e os parlamentares acabaram optando mesmo pela CPI por entender que ela tem ferramentas mais adequadas para esse tipo de apuração.

Com a CI aprovada, na mesma sessão ficou decidido que cinco edis a integrariam. São eles: Fábio Pavoni, Valter Fernandes (Cidadania), Ricardo Teixeira, Aparecido Ramos (PDT) e Irineu Cantador (PSD). Posteriormente, esse quinteto decidiu que a presidência da CI será exercida por Pavoni e a relatoria por Valter.

Objetivo

A Comissão procurará averiguar, por meio da requisição e análise de documentos, bem como a oitiva de pessoas, se houve irregularidades e se essas foram cometidas com dolo ou não na administração dos armazéns da família no último quadriênio em que esses espaços funcionaram.

Como se sabe, o último ano de funcionamento dos armazéns em Araucária foi 2012. A partir de 2013 os espaços não mais abriram porque a Prefeitura de Curitiba se negou a renovar com o convênio com a Prefeitura de Araucária alegando que algo em torno de R$ 1 milhão em mercadorias que abasteciam as unidades da cidade simplesmente não foram pagas à Capital.

Como um milhão de reais em mercadorias não somem do nada, os gestores que sucederam aquele que administrava Araucária em 2012 não puderam simplesmente tirar o valor dos cofres da Prefeitura e reembolsar Curitiba. Em 2014, cansada de tentar receber o valor amigavelmente, a Procuradoria Geral do Município de Curitiba acionou Araucária na Justiça. Desde então o assunto é discutido nesse processo, que tramita na 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

Cronograma

Os integrantes da CI ainda não estabeleceram um plano de trabalho para a investigação. A expectativa é que isso aconteça já na próxima semana.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1275 – 26/08/2021

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