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Crianças que eram filmadas pela mãe sendo abusadas são acolhidas pelo Conselho Tutelar

O Conselho Tutelar de Araucária acolheu no último final de semana as duas crianças que eram vítimas de violência sexual praticadas pela própria mãe. As meninas têm 2 e 3 anos e foram encaminhadas pelos conselheiros tutelares a uma instituição especializada, a qual é fiscalizada pelo Ministério Público.

As duas crianças residiam no bairro Thomaz Coelho. Lá, de acordo com as investigações da Delegacia de Polícia Civil de Araucária, elas eram vítimas dos mais variados tipos de crimes sexuais praticados pela mãe, que tem 22 anos, e pelo seu atual namorado, que tem 28 anos. Os atos eram filmados para, segundo a mãe, serem comercializados na internet, alimentando o mercado da pedofilia.

Tanto a genitora das crianças quanto seu atual namorado tiveram a prisão preventiva decretada pela Vara Criminal de Araucária e devem aguardar presos a conclusão das investigações e instrução do processo criminal.

Tão logo a genitora das crianças foi presa, suas filhas foram entregues a uma das avós. No entanto, ainda na sexta-feira, 25 de novembro, o Conselho Tutelar entendeu que o mais adequado para garantir a segurança das meninas era o acolhimento em instituição especializada no atendimento de crianças e adolescentes em situação de violação de direitos. Neste espaço, segundo apurou O Popular, elas têm acesso a acompanhamento psicológico, médico, além de ficarem protegidas de eventuais pessoas que possuam ligação com os acusados desse crime bárbaro.

Legislação proíbe divulgação de informações que possam identificar as vítimas

Tão logo veio à tona o caso das crianças vítimas desse crime bárbaro, muitas pessoas pediram para que o nome da mãe e do namorado fossem divulgados. Porém, a legislação brasileira, para proteger as vítimas, proíbe que isso seja feito. Acontece que como se trata de um crime que teria sido cometido pela própria genitora, ao divulgarmos seu nome, automaticamente, seria possível identificar quem são seus filhos.

Investigações seguem

Ainda conforme apurado por nossa reportagem, a equipe da Delegacia de Polícia Civil de Araucária fará outras oitivas e análise do conteúdo apreendido nos celulares da genitora e de seu companheiro. Ainda há a suspeita de que uma terceira filha dessa mulher, que tem hoje 8 anos, também poderia ter sido vítima de abusos. Em alguns dos vídeos, conforme informou a DP, é possível verificar a presença de uma terceira criança, um pouco mais crescida, na faixa dos dez, doze anos. Os investigadores tentarão agora identificar quem seria mais essa vítima.

Concluído o inquérito, a Delegacia o encaminhará ao Ministério Público de Araucária, a quem caberá oferecer ou não denúncia criminal contra o casal. Como ambos tiveram a prisão preventiva decretada, não há prazo para que eles deixem a cadeia, podendo — inclusive — responder a todo o processo atrás das grades.

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