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Cristiane Ferreira: Quanto custa perguntar ao Google?
Foto: Divulgação

Já pensou nisto?

Você abre o navegador, digita sua dúvida e clica ok. Em instantes várias respostas surgem na tela do seu eletrônico. Isto pareceu algo tão simples, não é mesmo? Mas na verdade foi algo complexo.

Quando realizamos uma pesquisa em um navegador, seja no google ou qualquer outro, esta pergunta chega em um data center, que é uma central de dados onde estão os supercomputadores que armazenam dados dos mais diferente assuntos. Após receber a sua pergunta, esta central recupera dados sobre o assunto desejado, filtra aquilo que você quer exatamente e envia a resposta para você em poucos segundos. Legal né?!

Estes supercomputadores estão armazenados em diferentes regiões do planeta, até mesmo dentro das águas do oceano. É neles que estão armazenadas as suas fotos das redes sociais e suas preferências de pesquisa? Sim! Os data centers armazenam informações sobre os assuntos que você mais gosta de consumir e isto facilita bastante o trabalho destes supercomputadores. É lá que está o “armazenamento em nuvem”.

Armazenar estas informações e entregá-las de forma rápida tem um custo, um custo alto, tanto para os donos destas tecnologias quanto para o meio ambiente.

O processo de pesquisa consome energia elétrica. Estima-se que a cada 1 hora navegando na internet, gastamos 6 watts/hora. E para manter os data centers em funcionamento, empresas como a Google e a Microsoft consumiram 24 terawatts/hora em 2023, o mesmo que o consumo anual da Islândia.

Esta energia nem sempre vêm de fontes renováveis. Por esta razão as gigantes da tecnologia estão buscando, cada vez mais, soluções sustentáveis para o consumo de energia.

Por outro lado, manter estes data centers funcionando 24 horas, todos os dias, gera muito calor, sendo necessário resfria-los para que funcionem melhor e não superaqueçam. Neste processo, mais energia é consumida e mais carbono é liberado na atmosfera contribuindo com o aquecimento global.

Nós, enquanto consumidores, podemos otimizar o nosso tempo sendo mais focados em nossas pesquisas e, ao invés de destinar nosso tempo utilizando tecnologia nas horas vagas, podemos ganhar tempo e contribuir com o planeta fazendo atividades longe da internet e de tudo que ela abrange. Afinal, nós somos os consumidores e podemos mudar comportamentos.

Cristiane Ferreira é Profissional do Marketing e Especialista em ESG e Sustentabilidade para as Empresas Ocean Marketing Estratégico.

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