Começou oficialmente a época de inverno e, provavelmente, você já está planejando preparar aquele chimarrão para tomar com a família, ou talvez comprar um copo de quentão, e pesquisando o preço do pinhão. Porém, não devemos focar apenas nos prazeres gastronômicos do frio, precisamos nos preocupar em como vamos no esquentar, e uma das soluções é o uso dos aquecedores a gás. No entanto, alguns cuidados no manuseio desses equipamentos precisam ser seguidos para evitar perigos de acidentes, pois no período do inverno, época em que são mais utilizados, o número de ocorrências costuma aumentar.
De acordo com o chefe do setor de vistoria do Corpo de Bombeiros, 2° Tenente Rodrigo Malaquias da Silva, o principal risco envolvendo aquecedores a gás está no vazamento de monóxido de carbono. “Como é um gás inodoro e incolor, não há como perceber um vazamento, e caso ocorra, poderá levar à morte por asfixia. Além disso, existe também o risco de um princípio de incêndio, que pode rapidamente sair do controle”, afirma o tenente.
Entretanto, o tenente explica que há maneiras de se reduzir esses riscos ou evitá-los, sem precisar parar de usar o equipamento para amenizar o tempo gelado. “Devemos evitar o uso de aquecedores para outros propósitos, como por exemplo secar roupas. A manutenção também deve ser feita regularmente. Para aquecedores residenciais, a revisão deve ser realizada anualmente, enquanto que para os aparelhos industriais ou comerciais, a cada 6 meses”, orienta.
Nos dias mais frios, temos o costume de fechar as janelas e portas para impedir o vento gelado de entrar e se proteger do frio. Contudo, o que muitos não sabem, é que lugares da casa onde não há tanta circulação de ar podem ser uma ameaça. “Cômodos com uma boa circulação de ar são mais seguros, uma vez que o risco de asfixia é menor do que em lugares fechados”, explica o tenente.
Em casos de acidentes envolvendo equipamentos a gás, como aquecedores, lareiras ecológicas, entre outros, a pessoa deverá entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros pelo fone 193.
Victoria Malinowski com supervisão de Maurenn Bernardo.
Edição n. 1368