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De quem é a culpa?

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Não importa se você é corajoso, forte, se está revoltado com o comércio fechado ou aberto, se vai se vacinar ou não, se faz parte de grupo de risco ou tem passado de atleta, se quer derrubar o presidente ou defendê-lo. Você tem um compromisso coletivo que é de colaborar o melhor possível para preservar a saúde pública. Apesar e termos tido um ministro da saúde que recomendou ficar em casa até estar morrendo, as orientações dos profissionais da saúde ainda são o melhor que temos. Sempre é melhor confiar neles do que num chá de sabugueiro que disseram que salvou alguém. Precisamos encarar alguns fatos: o vírus existe, pode ser mortal e é contagioso. Estamos numa posição melhor do que no início da pandemia, quando pouco se sabia sobre a forma como o vírus age, mas o que está causando uma falsa sensação de segurança é o fato de que temos uma vacina.

Todos conhecem aquela sensação de que estamos chegando ao fim de uma tarefa desagradável, um exercício, uma corrida, e relaxamos um pouco. Ou então aqueles metros finais se tornam muito mais difíceis de se vencer. Cuidado. A vacina existe, mas ainda não está disponível para todos. Ela não vai resolver se quando chegar a sua vez de vacinar você estiver contaminado. Enquanto isso, procura-se culpados para tudo. Condena-se uma ação e a ação inversa. Alegam-se motivações das mais variadas e perde-se o foco que é sobreviver coletivamente. Ajudar os outros a chegar ao fim dessa jornada tão dolorosa e inesperada a que fomos sujeitos. Teremos a vida toda para discutir as culpas, mas antes, é preciso sair vivo dessa.

Pense nisso e boa leitura.

Publicado na edição 1253 – 18/03/2021