Definição do valor do reajuste para os servidores municipais fica pra junho

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Depois de uma greve frustrada e do estremecimento das relações entre os sindicatos que representam o funcionalismo municipal, Prefeitura, Sismmar e Sifar voltaram a se sentar à mesma mesa na tarde desta terça-feira, 15 de março, para discutir a data-base da categoria.

O encontro aconteceu no salão nobre da Prefeitura de Araucária, sendo que a condução da reunião coube ao secretário de Governo, Genildo Carvalho. O prefeito Hissam Hussein Dehaini (Cidadania) participou de todos os trabalhos, cabendo a ele dar a palavra final sobre os principais pontos em discussão.

Para auxiliar nas tratativas, Hissam também trouxe para a reunião seus principais secretários municipais, já que algumas das demandas apresentadas careciam da manifestações dos titulares dessas pastas.

Após quase duas horas de reunião, Prefeitura e sindicatos começaram a discutir a pauta financeira reivindicada. Ambos os sindicatos solicitavam algo em torno de 25% de reajuste salarial. Os valores diziam respeito ao acumulado da inflação nos últimos três anos. Já com relação ao auxílio-alimentação, as entidades solicitavam o reajuste dos atuais R$ 520 para R$ 800,00.

Na oportunidade, os representantes da Prefeitura pontuaram que não era possível, em hipótese alguma, a concessão do reajuste salarial proposto pelos sindicatos. Argumentaram ainda que estão sendo feitas várias contratações de servidores públicos municipais para atualizar o quadro funcional da Prefeitura. Explicaram ainda que somente em maio, após a efetivação dessas contratações e fechamento do chamado primeiro quadrimestre é que seria possível cravar um índice de reajuste com o qual o Município teria condições financeiras de cumprir.

Embora o martelo não tenha sido batido, assinalou-se que esse reajuste pode ficar na casa dos dois dígitos, porém será necessário monitorar com cautela o comportamento da arrecadação ao longo dos próximos meses, bem como o chamado índice de gastos da receita com a folha de pagamento.

Já com relação ao auxílio-alimentação, e para surpresa geral dos sindicatos, Hissam se reuniu ali mesmo com os responsáveis pela Secretaria Municipal de Finanças (SMFI) e entendeu ser possível melhorar a proposta feita pelos próprios sindicatos. Exatamente, Sismmar e Sifar pediram menos e a Prefeitura deu mais.

Assim, conforme explicou Hissam, a ideia é enviar projeto de lei à Câmara de Vereadores já nesta semana propondo o reajuste do auxílio-alimentação dos atuais R$ 520,00 para R$ 1.000,00. Ou seja, R$ 480 de aumento, o que equivale a quase 100%. “Vamos conversar com a Câmara para que o projeto tramite de forma urgente para que já em abril o novo valor possa ser pago”, pontuou.

Só o aumento de R$ 480 no auxílio-alimentação deve impactar os cofres municipais em cerca de R$ 2,5 milhões por mês ou R$ 30 milhões por ano.

De uma forma geral, a proposta feita pela Prefeitura agradou aos servidores, já que – embora o aumento venha em forma de reajuste no auxílio-alimentação – o ganho real acaba representando mais do que se fosse pago em reajuste salarial para a maioria dos servidores concursados.

Como numa negociação não se pode agradar todo mundo, por ora, quem acabou ficando sem nenhum tipo de ganho foram os servidores aposentados, isto porque eles não recebem auxílio-alimentação.

Texto: Assessoria

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