Depois, não clame!

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O filósofo existencialista Jean Paul Sartre dizia que estamos condenados a ser livres. Ele defendia que temos inteira liberdade para decidir o que iremos nos tornar e o que fazer com nossa vida. Porém, nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos demais e é pelo olhar destes que reconhecemos nossos erros e acertos. A convivência parece nos tirar a autonomia de decidir e dá origem a expressão famosa: “O inferno são os outros.”. Às vezes muitos chegam ao absurdo de escolher aquilo que a voz dominante diz preferir, apenas para não ter o dissabor de tomar uma decisão sobre o rumo de suas vidas. Refletir claramente sobre nossas escolhas e evitar sair sem rumo, deixando de fazer as escolhas que definem nossa existência, é o desafio. Domingo, quando nos dirigirmos às urnas para escolher o(a) futuro(a) prefeito(a) e os vereadores(as) de Araucária estaremos frente ao clássico dilema que envolve nossas escolhas: fazer o que é certo ou nos auto-enganarmos. Quem tem acesso aos meios de informação e mesmo os que simplesmente observam atentos a realidade, conhecem a fundo boa parte das pessoas que se candidatam e tem condições de fazer a escolha correta. Portanto, se você comprar gato por lebre nestas eleições depois não jogue a culpa nos outros. Se o(a) candidato(a) ostenta felpudo pêlo de gato, mia como gato, prefere andar se esgueirando silenciosamente pelas sombras juntamente com outros gatos, é porque ele é, sempre foi, e vai continuar sendo um gato. Se ele(a) diz que não é gato, mesmo com todas as evidências de o ser, não é ele que o engana. A condição felina está claramente demonstrada e você sabe disso. Má fé é mentir para si mesmo, ensinava Sartre. Mesmo com tudo que a grande mídia fala da política e dos políticos, em uma verdadeira criminalização espetaculosa desta atividade essencial à nossa organização social, devemos ir às urnas para fazer o bem que nossa consciência determina. Chutar o pau que sustenta a barraca só vai derrubar tudo. Nossa escolha é que vai determinar o futuro da comunidade em que vivemos e que deixaremos para nossos descendentes. Se você tomar a decisão errada, apostando no que claramente é errado, depois não clame ou jogue a culpa sobre os outros. Você é o responsável pela escolha que fez e conhecia o passado do(a) candidato(a), por isso não foram os outros que o enganaram. Analisando cada candidato(a) e comparando suas ações em prol da comunidade, coisa que todos que conhecem Araucária podem fazer, é possível votar em quem não traga desagradáveis surpresas. Aliás, nem de surpresa os prejuízos causados por seu voto errado poderão ser chamados porque já faziam parte do perfil do candidato(a).

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