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Dia da Consciência Negra será celebrado em Araucária com evento antirracismo
Foto: Divulgação

Araucária irá receber o 1º Afro Araucária, um encontro antirracista que será realizado em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado na próxima quarta-feira, 20 de novembro. O evento terá como palco a rua Guanabara, n.º 50, no Jardim Iguaçu. Esse importante encontro contará com uma programação diversificada. Às 9h acontecerá uma roda de conversa promovida pelo SIFAR, com convidados que vão debater temas importantes sobre a consciência negra e o antirracismo.
Também serão realizadas atividades culturais, com apresentações de DJs e MCs; breaking; batalha de rima; exposição de grafite; show de rock e de reggae; bloco de carnaval; apresentações de dança; além da venda e distribuição de livros com a temática afro-brasileira e antirracista. Para finalizar, às 19h o público poderá apreciar a peça “Dia 14 de Maio, O Dia Que Nunca Acaba” no Teatro da Praça, com entrada gratuita.

Feriado nacional

A partir deste ano, o Dia Nacional da Consciência Negra passa a ser considerado feriado nacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei n.º 3.268/2021, que criou a data comemorativa, em 21 de dezembro de 2023. A data remete à morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes negros do período Brasil Colônia e um dos maiores símbolos de luta contra a opressão de pessoas negras.

Para o professor de história Rafael Almeida, o feriado possui um significado muito importante, que é relembrar as contribuições das pessoas negras à história nacional. Além do apoio a organização do movimento negro na luta e reconhecimento por seus direitos civis, políticos e sociais. “O Dia da Consciência Negra surgiu em meio aos movimentos negros das décadas de 1960 e 1970, quando organizações e ativistas começaram a lutar por maior representatividade e pelo reconhecimento das contribuições afro-brasileiras à cultura e à identidade do país”, reforça.

O professor também explica que a data foi sugerida primeiramente na época mais repressiva da ditadura militar, em 1971, pelo pesquisador Oliveira Silveira, do Grupo Palmares. “Por conta da repercussão da proposta, justamente na época em que vigorava o AI-5, o Grupo Palmares chegou a ser confundido com a resistência armada à ditadura, passando por um perrengue junto à Polícia Federal’, comenta Rafael.

Linha do tempo

A crescente adesão a esses movimentos levou à formalização da data em várias cidades brasileiras, que foi oficialmente incluída no calendário escolar no ano de 2003 por meio de um decreto do governo. Em 2011, o 20 de novembro se tornou feriado em diversas cidades e Estados, consolidando-se como uma ocasião para a conscientização coletiva e reforço de políticas de inclusão. Em 2023, o presidente Lula decretou a data como feriado obrigatório em todo o território nacional.

Edição n.º 1441.

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