O ato de doar é muito importante e indispensável em uma comunidade. A união da população pode salvar inúmeras vidas, como foi visto na situação envolvendo as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Não apenas o donativo de alimentos e vestuários, mas a doação de sangue e medula óssea são fundamentais.
Neste sábado, 21 de setembro, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. A data é móvel, sendo comemorada no terceiro sábado de setembro. Mesmo com uma campanha de divulgação ativa, ainda existem muitas pessoas que sentem medo de doar, devido a diversos mitos que circulam pela internet. A data comemorativa foi criada para conscientizar sobre a importância da doação e como esse procedimento é feito.
Primeiro, é importante falar sobre o que é a medula óssea e qual é o seu papel no corpo humano. Resumidamente, a medula é um tecido encontrado no interior dos ossos e possui a função de produzir as células sanguíneas. Sendo assim, as doenças que necessitam da transfusão da medula, são aquelas onde as células sanguíneas são mais afetadas. De acordo com a Associação de Medula Óssea (AMEO), são elas: doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes.
Como ser um doador?
Os pré-requisitos para se tornar um doador são: ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter doença infecciosa ou incapacitante. A lista das doenças que não são permitidas para realizar o cadastro, está disponível no site do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Para se tornar um doador de medula óssea, primeiro é preciso realizar um cadastro, que pode ser feito em uma campanha de doação ou direito em um Hemocentro. Ressaltando que, para conseguir concluir este processo, é necessário colher uma amostra de sangue e preencher uma ficha cadastral. A amostra de sangue serve para confirmar a compatibilidade com a pessoa que necessita da doação.
A coleta da medula óssea não é feita no momento em que se realiza o cadastro, essa doação pode ocorrer meses ou até mesmo anos depois. Quando uma pessoa compatível com o doador for encontrada, uma equipe entrará em contato para colher uma nova amostra de sangue, que confirmará o processo de doação. É importante sempre deixar as informações de contato atualizadas, porque não há uma previsão de quando o doador será contatado para realizar a doação de medula óssea.
Após a confirmação com a amostra de sangue, o doador precisa realizar mais alguns exames para verificar seu atual estado de saúde. A partir disto, ele realizará o procedimento de transplante de medula óssea, feito sob anestesia, com aproximadamente duas horas de duração, em um centro cirúrgico. Lembrando que o transplante não afeta a saúde do doador, já que em algumas semanas a medula estará recuperada.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), alguns sintomas podem acontecer depois da doação, como dor no local, fraqueza temporária e dor de cabeça. Eles são temporários e podem ser controlados com analgésicos.
Onde doar?
Em Curitiba, a doação de medula óssea pode ser feita pelo Hospital das Clínicas, com mais informações no número (41) 3360-1875; pelo Hemepar, entre em contato pelo número (41) 3281-4000; e no Hemobanco, número (41) 3225-5545.
Edição n.º 1433. Victória Valinowski com Assessoria.