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Há algumas edições publicamos o texto “Nunca é tarde para aprender” (Ed. 1283) de autoria da professora Cleusa Dalla Vecchia. Nele analisamos a importância do conhecimento em nossa vida. Naquele momento estávamos chamando os adultos a voltar para a escola frequentando a EJA.

Neste texto de hoje, queremos retomar esta reflexão – “Nunca é tarde para aprender” – para analisar que a aprendizagem, além de nos manter vivos, é constante no dia a dia, seja para nosso crescimento pessoal ou profissional.

Vejamos a experiência do professor!

Estávamos acostumados no início do ano a fazer a acolhida das crianças/estudantes com afetuosos abraços, interação e assuntos do cotidiano, para despertar o interesse e conquistá-los já de início. E agora, nesta retomada inicial de 2022, tivemos que reaprender para fazer um novo começo! Reaprender que acolhida agora virou acolhimento, que o afeto e as dinâmicas de interação têm que acontecer sem toque, que para cativar os estudantes precisamos incluir em nossos diálogos o luto, a dor e uma pandemia desafiadora.

Nós professores estamos aprendendo para enfrentar os desafios deste momento, pois estes são diversos. Na interação, há necessidade de resgatar o vínculo professor-estudante, estudante-estudante, pois a educação se faz na relação presencial da intersubjetividade. Na prática pedagógica, apresentam-se as dificuldades do Aprender, tanto com o nível de aprendizado dos estudantes, como também a ausência de algumas habilidades mínimas que normalmente são adquiridas na Educação Infantil.

É lógico que não podemos esquecer que esses desafios são mundiais e não locais, que estes não devem ser motivo de desânimo, mas devem ser elementos para a motivação na hora de planejarmos, na hora de construirmos nossos planos de aula! A volta às aulas deve ser vista como uma oportunidade de reaprendermos a interagir e repensar o papel da escola. Depois de dois longos anos de distanciamento, de convívio mínimo com os colegas, vamos buscar nas experiências deste momento o aprendizado que nos motivará a sermos diferentes na nossa prática cotidiana.

Durante a pandemia, várias expectativas foram criadas como, por exemplo, que todos estariam melhores após a pandemia, mais humanos, menos intransigentes, que o professor seria valorizado – pois as famílias tiveram muita dificuldade com a distância causada pelas tecnologias –, entretanto, nestes primeiros dias de 2022, não constatamos estas mudanças.

Porém, para nós professores que aceitamos o desafio de aprender sempre e ensinar com qualidade, não há como voltar ao que fazíamos em 2019. Na recomposição da aprendizagem, os objetos de conhecimento são o meio, não o fim de um caminho que deve levar o estudante a ser protagonista da escrita, da história, da sociedade!

Texto: Profª Suzana Nunes Branco – Diretora Executiva de Ensino SMED

Publicado na edição 1299 – 17/02/2022

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