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Quase sempre tendemos a debitar as dificuldades que enfrentamos a terceiros, dizendo que estes deveriam ter agido de forma diferente do que fizeram ou então que precisam tomar alguma providência. É bem fácil atribuir a culpa dos problemas a pessoas ausentes e que não podem oferecer contestação. No caso das autoridades, quanto mais distantes estiverem, facilmente atribuímos a elas a responsabilidade sobre as questões que nos afligem. Esquecemos que elegemos tais pessoas e endereçamos a culpa a elas, achando que assim cumprimos a parte que nos cabe na solução de problemas. A participação democrática não é nada simples e precisamos saber que influímos no mundo que nos envolve por ação ou por omissão. Uma frase do chileno Pablo Neruda, considerado um dos maiores poetas da língua castelhana do século 20, diz que “Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências.”. Definir as escolhas que podem influenciar mais decisivamente nosso futuro é algo bastante difícil. Os efeitos das mesmas, normalmente, só aparecem no médio ou no longo prazo e é preciso antevê-las. Mesmo sabendo a dificuldade de definir a importância de uma decisão, escrevi esta coluna pensando nos servidores municipais sindicalizados ao SIFAR que escolherão a nova diretoria da entidade(triênio 2016-2018). Vejo bem além do patrimônio do sindicato que é de aproximadamente 3 milhões de reais, com terça parte em dinheiro disponível. O ambiente de trabalho é o ponto principal. A natureza do serviço público, que não visa e nem pode visar à obtenção de lucro, faz com que as diretrizes das ações nem sempre apresentem critérios claros de escolha. Assim, as condições de trabalho sofrem enorme influência da vontade política do administrador e do grupo de dirigentes que ele traz consigo ao ser eleito. Somente após a estruturação do SIFAR e de sua atuação na conquista do PCCV(Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) é que os servidores do quadro geral puderam acessar a possibilidade de crescimento na carreira. Antes disso, o crescimento profissional dependia da boa vontade pessoal dos administradores e atrair a simpatia de gestores alheios ao serviço público podia significar até o atendimento de interesses nada republicanos. Somente duas décadas depois de o magistério municipal ter adquirido o direito a progressão por aperfeiçoamento profissional é que os servidores do quadro geral conseguiram idêntico direito. Dia 22/10/15(quinta-feira) duas chapas disputarão a eleição que é organizada diretamente por servidores do quadro geral. Não sem maior esforço, pois havia forte pressão de influências externas na eleição. A Chapa 1 denominada “Grito da Base” e a Chapa 2 que é denominada “SIFAR EM PROGRESSO”. Cabe, agora, aos sindicalizados escolher a chapa que possa fazer mais por sua entidade e pelo serviço público de Araucária. As conseqüências de tal escolha certamente virão.

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