É muita alugação de cabeça

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De uma maneira geral, notícias são fatos semelhantes acontecendo com personagens diferentes. Essa verdade faz com que, volta e meia, eu me pegue escrevendo algo que aparentemente eu já havia escrito. É quando vou aos meus arquivos e descubro que, sim, já havia abordado aquele tema, mas os envolvidos eram outros. É o que, por exemplo, vou fazer hoje: falar de algo que já falei em outras oportunidades.

Nos últimos dias li em O Popular que parte das dependências do complexo de saúde instalado no CSU estava simplesmente abandonada. Se não me engano era o setor onde funcionava a Central de Ambulâncias e a Clínica de Fisioterapia da Prefeitura. Ao ver aquelas imagens dos prédios completamente jogados ao léu, todos pichados, soltei um P%#a Que o P%#iu! É nessas horas que dou graças a Deus de terem criado os palavrões, pois eles nos ajudam a sintetizar numa única expressão toda a nossa revolta.

Digo isso porque, convenhamos, é inacreditável e inaceitável que a Prefeitura deixe um prédio próprio chegar àquelas condições de abandono enquanto, por outro lado, paga valores faraônicos para manter serviços públicos funcionando em imóveis locados. A direção da Secretaria de Saúde deveria se envergonhar, por exemplo, de manter os dois CAPS da cidade em casas improvisadas, em regiões inadequadas, onerando desnecessariamente o erário, enquanto desperdiça um excelente espaço como aquele do CSU. Agora, sei lá, se por questões técnicas o CAPS não pode funcionar ali, não é possível que uma Vigilância Sanitária, uma Central de Regulação, uma Vigilância Epidemiológica ou outro serviço qualquer, os quais hoje estão instalados em prédios locados, não possa.

Já passou da hora (e como passou) desse Município tratar com mais zelo o suado dinheiro público. O exemplo do prédio largado às traças no CSU é apenas um dentre tantos outros. Há casos semelhantes em outras secretarias, como a de Cultura e Turismo que há mais de cinco anos transformou a antiga biblioteca num depósito de instrumentos musicais, instalando o serviço num imóvel alugado ao custo de quase R$ 100 mil por ano. Assim, temos um terreno maravilhoso quase no coração do centro da cidade subutilizado e uma biblioteca funcionando num local apertado. Ora, se o antigo prédio não reunia as condições necessárias, reformassem, ou melhor, demolissem e construíssem um novo espaço. É óbvio que o discurso fácil vai pregar que não há dinheiro para isso, mas – bem procurado – há linhas de financiamento nesse sentido seja no Governo do Estado ou no Governo Federal.

E os exemplos não param aí, eles podem ser replicados para todas as secretarias que têm imóveis locados. Citar todos, porém, extrapolaria sobremaneira meus dois mil caracteres semanais, razão pela qual fico por aqui! Boa semana a todos e, como sempre, comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br!

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