Pesquisar
Close this search box.

Edilson Bueno: Lições históricas

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Os gregos mandavam no mundo e Alexandre, o Grande, era imbatível, acabou envenenado por um ex-aliado e morreu. Grécia por falta de inimigos externos se acabou em brigas internas. Por volta de 250 a.C., Roma surgia como potência auxiliar dos Gregos, mas havia Cartago, cidade Fenícia (hoje Tunis capital da Tunísia), que dominava o comércio do Mediterrâneo. Roma só seria potência se destruísse Cartago, e isto os políticos romanos sabiam. O General Cartaginês Aníbal saiu da África e deu uma sova nos Romanos, mas poupou Roma, não quis destruir a cidade por escrúpulos morais.

Roma se reagrupou, reforçou seus exércitos, copiou as táticas de Aníbal, venceu Cartago 15 anos depois, tornando se a potência mundial nos 600 anos seguintes até 450 d.C. Os Romanos não pouparam Cartago, ao contrário, mataram todos os machos e crianças, possuíram as fêmeas, tocaram fogo na cidade, e completaram o serviço jogando sal no terreno para que nada ali brotasse novamente. Foi o primeiro Holocausto da História. E o Mundo esqueceu Cartago. Aníbal foi historicamente um grande estrategista, mas cometeu erro político que acabou com sua civilização. Faltou-lhe visão da coisa.

Maquiavel ensinou em 1520 que o mal se faz de uma vez, o bem, aos poucos. Os grandes líderes sabem dessas lições básicas da política, assim como o pastor sabe versículos da Bíblia. Quando surge oportunidade o político não deve desperdiça-la porque certamente será esmagado se os adversários tiverem chance. É da essência da coisa tudo isso, afinal Sun Tzu o Senhor das Guerras fez a cartilha deles há 2500 anos. Maquiavel completou o manual. Até hoje a ladainha é a mesma.

Edição n.º 1378