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Edilson Bueno: Namoros políticos

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Poder não tem sexo e vale tudo pra nele chegar. Prática sexual reforça fidelidade e no pleito o ambiente propicia intimidades. A urna recebe votos indistintamente e o eleitor atinge clímax com seu eleito.

É hora do adesismo, não há distinção entre macho e fêmea neste meio, se ocorre entre mesmo sexo fortalece relações, rabo preso é sinônimo de fidelidade. Ligações, recadinhos, pombos correios são comuns para ensaios. Assediar facilita troca-troca. Liberais adoram mostrar força nas redes sociais pra iludir.

Conservadores ainda preferem rodinhas íntimas. Conservador na política é liberal na intimidade e isso é restrito aos mais chegados. Um alegre carteado regado a bebedeiras despista eleitores ingênuos em relação a partilha do dote que são oferecidos aos que atuam em muitas posições. Servem de valete entre partidos de tendências variadas. Épocas eleitorais propicia paqueras, namoros, noivados e até casamentos com cargos privilegiados.

O contrário também ocorre, quando traições são descobertas ocasionando rompimentos acrescidos de crises emocionais. Político que não se assume, se rotula perseguido como traído. Showzinho sentimentalesco no meio político quer voto de graça. Político traído fica raivoso e perigoso. Se foi traído, motivo houve. Nesse meio santo não se cria. Escapadelas, puladas de cerca, traições são comuns e bem aceitas como estratégia ou curiosidade.

Em pleito apertado todo risco é válido, até pra sentir a potência do outro lado. A frequência com que ocorre é visto como habilidade, e muitas vezes o sujeito é cobiçado pelos dois lados valorizando seu passe. Situação e Oposição são polisex. Diferenciam-se em algumas predileções como as prostitutas que fazem de tudo mas cobram nos detalhes. Conta muito no currículo a capacidade de atuar em todas e se adaptar em qualquer um. Moralismo e prostituição não combinam mas são apenas discursos. Tanto prostituição quanto política são mal faladas, mas é o povo que as mantém.

Edição n.º 1375