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Edilson Bueno: Quem paga o dólar (parte II)

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Antes de 1945 os países tinham suas moedas lastreadas em ouro, mas os americanos resolveram acabar com isto substituindo por dólar avalizados pelo complexo militar bélico.

Assim sendo o dólar se tornou a forma de comprar e vender entre países. E isso permitiu aos Estados Unidos monitorar e inspecionar todos os aspectos do mundo. Isso é uma espécie de colonialismo. É como se você tivesse uma autoridade que examinasse o que você faz na sua conta bancária, o que sua empresa compra com esse dinheiro, e isso permite que eles tenham as sanções para punir as pessoas de quem eles não gostam. Cuba foi sancionada por meio século, o Irã foi sancionado, a Coréia do Norte foi sancionada, a Venezuela foi sancionada, e assim por diante. Portanto, deu aos Estados Unidos um controle político-econômico sobre grande parte do resto do mundo e tudo isso está diminuindo após o confronto com a Rússia na Ucrânia.

Tudo mudou em fevereiro de 2022, quando 300 bilhões de dólares em reservas externas russas foram “congeladas” pelos Estados Unidos, e os demais países começaram a temer por suas próprias reservas internacionais em dólares guardadas no exterior. Afinal, toda declaração de Guerra deles começa por confiscar reservas dólarizadas do próprio adversário que é quem acaba pagando a conta para sustentar mais de 800 bases militares Estadunidenses esparramadas mundo afora agindo como polícia global. E haja dinheiro para sustentar guerras com este aparato perdulário em oposição as lucrativas comodities dos BRICS.

Trilhões de dólares norte-americanos transformados em arma acabariam por esmagar toda a lógica capitalista dentro do próprio EUA quando esses Títulos Americanos for ressarcido, enquanto isso o BRICS se sustenta numa rede de comércio global.

Edição n. 1361