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Edilson Bueno: Quem paga o dólar (parte II)

Edilson Bueno: Feliz 2024, CIAR!

Antes de 1945 os países tinham suas moedas lastreadas em ouro, mas os americanos resolveram acabar com isto substituindo por dólar avalizados pelo complexo militar bélico.

Assim sendo o dólar se tornou a forma de comprar e vender entre países. E isso permitiu aos Estados Unidos monitorar e inspecionar todos os aspectos do mundo. Isso é uma espécie de colonialismo. É como se você tivesse uma autoridade que examinasse o que você faz na sua conta bancária, o que sua empresa compra com esse dinheiro, e isso permite que eles tenham as sanções para punir as pessoas de quem eles não gostam. Cuba foi sancionada por meio século, o Irã foi sancionado, a Coréia do Norte foi sancionada, a Venezuela foi sancionada, e assim por diante. Portanto, deu aos Estados Unidos um controle político-econômico sobre grande parte do resto do mundo e tudo isso está diminuindo após o confronto com a Rússia na Ucrânia.

Tudo mudou em fevereiro de 2022, quando 300 bilhões de dólares em reservas externas russas foram “congeladas” pelos Estados Unidos, e os demais países começaram a temer por suas próprias reservas internacionais em dólares guardadas no exterior. Afinal, toda declaração de Guerra deles começa por confiscar reservas dólarizadas do próprio adversário que é quem acaba pagando a conta para sustentar mais de 800 bases militares Estadunidenses esparramadas mundo afora agindo como polícia global. E haja dinheiro para sustentar guerras com este aparato perdulário em oposição as lucrativas comodities dos BRICS.

Trilhões de dólares norte-americanos transformados em arma acabariam por esmagar toda a lógica capitalista dentro do próprio EUA quando esses Títulos Americanos for ressarcido, enquanto isso o BRICS se sustenta numa rede de comércio global.

Edição n. 1361

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