Quando eu era bem pequenininho, eu tinha um sonho muito estranho.
Era muito estranho, porque eram sonhos repetitivos.
Eram repetitivos, porque eram sonhos sem imaginação.
Eu sonhava com a ideia do “Nada Absoluto”.
Absolutamente nada havia nos meus sonhos infantis.
Não havia nada, porque somente no nada é que tudo se torna eternamente repetitivo.
A eternidade é repetitiva.
Nem gente, nem luz, nem espaço e nem o tempo havia nos meus sonhos de criança.
E eu pensava que todo mundo devia sentir o peso da ideia do “Nada Absoluto”, para poder valorizar as pequenas coisas desta vida.
Eu cresci, estudei, a vida, e aprendi que tudo nesta vida está dentro do Universo.
Estudei mais ainda, e constatei que na imensidão do Universo também não há gente, não há luz, não há nem o espaço, e que tudo é um imenso vazio, igualzinho aos meus sonhos infantis.
Estudei ainda mais, e descobri que tudo é um sonho, e que o sonho existe para criar a realidade.
A vida é a realidade materializada, e o que separa o sonho do devaneio, é realidade praticada, pois o resto é apenas loucura.
Mas sorria homem!
Você ainda está vivo, e que Neste Natal seus sonhos possam tornar se realidade, pois lembre se que há dentro de cada brasileiro, um Cristo verdadeiro repetindo: “Meu Deus! Meu Deus!” Enquanto eu viver, eu tenho esperança.
Edição n.º 1394