Editorial: Interesses!

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Não é de hoje que os dias em Araucária são movimentados nos círculos de poder. Como não poderia deixar de ser, uma cidade rica como a nossa sempre atrai os mais diversos tipos de interesses. Sempre atiça os mais profundos sentimentos.

E esses interesses todos que circundam a velha viúva não são salutares para aquilo que realmente importa: o interesse público. O interesse de todos! Perdemos muito tempo defendendo nossos próprios interesses e esquecemos de voltar os olhos àquilo que numa sociedade deveria ser nosso objetivo maior: o interesse coletivo. Sim, este parágrafo teve uma repetição danada da palavra “interesse”, mas o interesse era realmente esse!

E talvez seja difícil pararmos um pouco para pensar no interesse coletivo porque, como diz aquele ditado quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro. E é o que temos visto em nossa cidade. Todos brigando pela sua porção de pirão. Seja esse pirão o exercício do poder. Seja a vantagem financeira. Seja a vantagem política. Seja o exercício da vaidade.

Nessa briga pela defesa dos próprios interesses quem perde é a cidade. E perde porque deixamos de focar no que realmente importa: que é usarmos a nossa energia para termos mais farinha e assim, quem sabe, no futuro, o pirão ser suficiente para todos e até – porque não – que ele sobre um pouco para repetirmos a refeição.

Mas não há como termos essa conversa focada no interesse coletivo se as partes que defendem os interesses individuais não estão dispostas a ceder. Negociar é um processo de interação social que predispõe estar aberto a também ceder em alguns pontos. Negociar exige confiança de que o outro vai cumprir a sua parte em eventual construção de acordo. Mas aqui em Araucária não funciona assim. E não é de hoje! Aqui pedimos o diálogo, mas vamos a ele sem a mínima vontade de ouvir o interlocutor e fazemos isso porque nossa vaidade considera que o interesse alheio é menos importante do que o próprio e assim voltamos ao início desse editorial, iniciando um loop em que todos perdemos, mas quem perde mais é quem tem menos: o cidadão que mais precisa do poder público.

Reflitamos sobre isso e boa leitura!

Edição n. 1375

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