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Editorial: Não seja o chato da história!

Editorial: Não seja o chato da história!

Ao longo dos últimos anos, mesmo que de forma ainda vagarosa, nossa cidade tem voltado a ser palco de vários eventos voltados ao entretenimento.

E esse retorno só tem sido possível graças a iniciativa do poder público e de pessoas físicas e jurídicas privadas que ousam promover eventos e, com o perdão do trocadilho, não é ousadia usar aqui a palavra “ousam”. Isto porque a promoção de todo e qualquer evento que reúna num mesmo espaço um grande número de pessoas é sempre um desafio.

E é um desafio porque cumprir a legislação brasileira para promoção de eventos exige uma engenharia razoável, e não se está aqui reclamando dessas regras, se elas foram criadas é porque alguma razão existiu e existe.

Justamente por isso quando vemos eventos legalizados acontecendo em Araucária devemos sempre prestigiá-los. E se por alguma razão o objeto desse evento não atende ao seu, digamos assim, gosto, precisamos pelo menos deixar de tentar desqualifica-lo. Vá fazer outra coisa nesse dia. Fique em casa. Leia. Assista televisão. Ouça música ou simplesmente durma. Se o evento em questão ocupará uma área pública que você normalmente frequenta aproveite esse dia para se arriscar em algo novo ou, como já dito anteriormente, aproveite esse período para exercitar o ócio. Mas em hipótese alguma desmereça o empenho da organização e/ou torça para seu fracasso.

A mensagem é necessária porque – invariavelmente – temos a chata mania de achar que aquilo não nos agrada deve ser desmerecido, minado. E a vida em sociedade não funciona assim. Viver em sociedade exige – às vezes – abdicarmos de direitos (aqueles não fundamentais, claro). Neste final de semana, por exemplo, nossa cidade recebe uma prova de rally. Algo muito legal para muitos, mas chato para alguns. A promoção dessa corrida exigirá que ruas sejam momentaneamente fechadas, que alguns motoristas tenham que fazer desvios em suas rotas costumeiras e por aí vai.

Os chatos de plantão (e não há outra termologia para essa falta de empatia com o rolê alheio) ficam procurando motivos para dizer que a cidade não precisa de um evento assim, que deveria ter evento daquele jeito, que não concordam com a realização do rally, entre outras coisas. Não devemos ser assim. Em hipótese alguma! Então, que sejamos sede destes e outros tantos eventos, sejam eles promovidos por empreendedores locais e/ou de fora! Ações como esse dão vida para nossa cidade, alimentam uma rede de economia solidária absurda, gerando muitos empregos e renda para pequenos e grandes comércios.

Então, que tenhamos mais e mais eventos no bendito solo araucariense e nos policiemos para não sermos o chato do rolê. Pensemos todos nisso. Boa leitura e bom rally.

Edição n. 1373

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