Editorial: Pensar antes, falar depois

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Máximas como “nem Jesus agradou a todos”, a “unanimidade é tola”, dentre outras, nunca estiveram tão atuais. Ainda mais nesses tempos em que, por meio das redes sociais, “opinar” é facultado a quase todos que tem um celular e/ou um computador ao alcance das mãos.

Essa instantaneidade que nos possibilita opinar sobre os mais variados assuntos, porém, invariavelmente faz com que deixemos de refletir sobre a relevância de determinado pitaco. Mais do que isso! Esse tempo que não nos reservamos para analisar algo faz com que critiquemos, praguejemos, suspeitemos e julguemos muito facilmente sobre assuntos que tecnicamente não entendemos.

Ao longo das últimas semanas, por exemplo, o que não têm faltado em Araucária é gente apontando seu dedo julgador para as mais variadas pessoas, empresas e instituições.

E esse dedo julgador parece tornar essas pessoas dotadas dos mais variados conhecimentos. Médicos se tornam mestres de obras. Pedreiros se tornam enfermeiros. Professores são transmutados em economistas. Comerciários viram engenheiros. Empresários fazem análises sociológicas. Agentes de segurança versam sobre direito e por aí vai.

O problema é que essa mania de acharmos que nossa opinião é necessária nos mais variados temas volta e meia causa calúnia, causa difamação, causa dor e, por consequência, gera os mais variados prejuízos a terceiros.

E é para evitar esses dissabores que precisamos entender que não necessariamente temos que opinar sobre todos os assuntos. Precisamos entender que nossa opinião não é sempre vital para solução de determinado problema. Precisamos compreender que – por mais que eu não concorde com algo – isso não quer dizer que aquilo precisa ser eliminado da face da Terra. Precisamos aceitar que nem toda notícia dada carece da sua concordância para que ela seja verdade. Quando alcançarmos esse nível de amadurecimento, acreditem, evoluiremos enquanto ser humano e sociedade.

Boa leitura!

Edição n.º 1379

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