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Foto: Divulgação.

Ao longo deste mês de março divulgamos uma série de matérias referente a ações alusivas as mulheres. Isto porque, como sabemos, estamos no mês em que mundialmente são promovidos eventos com o objetivo de conscientizar nossa população acerca dos desafios enfrentados por elas em nossa sociedade, que ainda é estruturalmente machista.

Paralelamente as matérias com esse objetivo, no entanto, seguimos cobrindo o dia a dia da sociedade araucariense. E, nessa cobertura, tivemos o desprivilegio de noticiarmos nos últimos dias pelo menos três casos absurdos de violência doméstica.

Num deles, um homem socou a companheira grávida de sete meses. Em outro o sujeito se sentiu no direito de invadir uma igreja para agredir a ex-companheira ainda durante o culto e no terceiro o algoz ainda nas primeiras horas do dia desferiu os mais variados golpes contra sua esposa e, não satisfeito em machucá-la fisicamente, ainda destruiu boa parte da casa.

Essas ocorrências aconteceram em três bairros distintos da cidade, Boqueirão, Estação e Iguaçu. Em todas elas os autores foram presos pela Guarda Municipal, mas a pergunta que fica é: quantas outras situações de violência doméstica aconteceram ou estão acontecendo neste mês de março nas diversas localidades da cidade?

Fazemos esse questionamento para que entendamos a importância de seguirmos falando diariamente sobre a necessidade de evoluirmos enquanto sociedade para garantir igualdade de direitos entre homens e mulheres. Afinal, sequer estamos conseguindo fazer com que esse tipo de crime tenha uma redução significativa no mês em que o assunto é abordado diuturnamente.

Então, mesmo com o mês de março se pondo, não podemos deixar de seguir abordando o tema, reforçando que é só por meio da educação e de políticas públicas específicas que diminuiremos a incidência desses casos num médio e longo prazo e que é só por meio do combate efetivo a esses criminosos domésticos e bandidos do lar que protegeremos as mulheres araucarienses num curto prazo. Pensemos todos nisso e boa leitura.

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