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Editorial: Questão de dignidade
Foto: Marcello Casal Jr.

Dentre as várias políticas públicas voltadas as mulheres que toda a sociedade brasileira precisa encampar, a de combate à pobreza menstrual é uma das que mais temos ouvido falar ao longo dos últimos meses, anos.

Ouvir falar, no entanto, não quer dizer que os órgãos públicos brasileiros estejam efetivamente agindo para combater tal problema. Afinal, como já diz o ditado: falar, até papagaio fala!

Justamente por isso precisamos publicizar toda e qualquer ação governamental que transforme o discurso em prática. Em Araucária, por exemplo, nesta semana, tivemos o lançamento do programa Liberdade Íntima, cujo objetivo é trazer um pouco mais de dignidade as mulheres araucarienses em fase menstrual.

O programa é a materialização de uma lei de iniciativa dos vereadores Ben Hur Custódio de Oliveira e Irineu Cantador. A menção aqui de que estamos falando de um programa garantido por uma lei é necessária porque é essa lei que garante que o enfrentamento à pobreza menstrual está sendo tratado como uma política pública e não apenas como um, digamos assim, favorzinho.

Obviamente, o combate à pobreza menstrual não se resume a distribuição de absorventes higiênicos as mulheres com fluxo ativo! Ela vai muito além disso! Ela passa pela educação de uma sociedade inteira. Meninos e meninas precisam naturalizar a menstruação, de modo que nossas adolescentes e mulheres não tenham vergonha dessa fase de suas vidas.

E essa naturalização da fase menstrual passa também por mantermos preparadas nossas estruturas, sejam elas físicas ou privadas para oferecer o suporte as mulheres quando elas precisarem de um banheiro em condições higiênicas mínimas. E isso para ficarmos no exemplo mais básico.

Sejamos todos agentes ativos da implantação dessa política pública que vem, com certeza, para sermos melhores enquanto sociedade!

Boa leitura!

Edição n. 1371.

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