Editorial: Uma questão estratégica!

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Nesta semana O Popular acompanhou uma visita feita por autoridades municipais e dirigentes partidários à unidade araucariense da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), que está em hibernação desde o ano de 2020, quando passou a integrar o programa de desinvestimentos da Petrobras.

A planta araucariense, que outrora era conhecida como Ultrafértil, era uma das mais importantes do país no que diz respeito a produção de ureia e amônia, indispensáveis para o agronegócio brasileiro.

A decisão de fechar a FAFEN-PR, que em outros tempos parecia plausível, se mostrou um equívoco desde que a Rússia declarou guerra à Ucrânia, prejudicando substancialmente a importação de fertilizantes por países como o Brasil.

O fechamento da FAFEN sob o argumento de que importar ureia, amônia e outros produtos produzidos pela unidade chegou a parecer interessante sob a ótica econômica, porém – é preciso admitir – foi um absurdo quando analisamos tal decisão sob o prisma da segurança nacional. Exatamente! Segurança nacional!

Um país continental como o Brasil. Chamado de celeiro do mundo em virtude de seu pujante agronegócio jamais deve abrir mão de autossuficiência em certos insumos, como é o caso dos fertilizantes.

Se podemos produzir todos os itens necessários para fazer girar o agronegócio de modo a depender o mínimo possível de terceiros, assim deve ser feito! Isto nos garante autonomia. Nos posiciona melhor no mercado internacional e – por consequência – desenvolve nossa economia, alimentando um ciclo virtuoso para todos os membros dessa cadeia produtiva.

É por isso que todos os moradores de Araucária devem defender a reabertura da FAFEN, que hoje depende quase que exclusivamente de uma decisão política do atual comando da Petrobras, empresa que tem como maior acionista justamente o Governo Federal!

Edição n. 1374

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