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Tem quem gosta, quem simpatiza, quem ama. Ainda, há aqueles que tem alergia, que ignoram ou que simplesmente não gostam e ponto final. Mas, como vivemos em sociedade, é preciso respeitar a opinião do outro, ainda que a consideremos errada.
Estamos falando dos animais de rua, aqueles abandonados por seus tutores ou que já nasceram na sarjeta. A população felina, e, sobretudo, a canina, vem crescendo em uma velocidade calamitosa. Por outro lado, enquanto o poder público se omite, cidadãos que se julgam “protetores independentes” fazem a tarefa que deveria ser do governo.
Essa gente, considerada com um parafuso a menos por alguns, é a que tem feito a diferença em muitos bairros araucarienses. Correm atrás de castração, fazem campanhas de adoção, gastam seu tempo e dinheiro em prol dos animais, lotam suas casas de cachorros e gatos para que não morram à mingua nas ruas, sobrecarregam-se emocionalmente com casos que até Deus duvida.
É fácil ouvir quem diga que latidos incomodam, mas como pessoas falam, cavalos relincham, cachorros latem. Trata-se, nada mais nada menos, que uma forma de expressão, que em casos é contida das piores maneiras possíveis por seres que se dizem “humanos”.
Agora, vamos parar para pensar e analisar. Se para cada ca­dela no cio, até 12 filhotes podem nascer. Contando que, cada cio acontece a cada seis meses e uma ninhada pode ser somente de fi­lhotes fêmeas. Trata-se de um ciclo sem fim que precisa da colaboração da sociedade e da atenção e atitude imediata do governo. Caso contrário, atrocidades com os animais continuarão a acontecer e acidentes envolvendo pessoas permanecerão nas rodovias e nos bairros. Ou seja, o buraco é bem mais embaixo. Precisamos acordar, povo!
Enquanto países desenvolvidos já conseguiram extinguir seus animais de rua, por meio de políticas públicas e uma sociedade po­lida e consciente de direitos e deveres, vivemos hoje no contrafluxo da evolução.
O fato é: eles, os animais, não pediram para estar onde estão. Nenhum ser quer sofrer, ninguém gosta ou quer passar fome e sede, sentir frio, medo e solidão. Por isso, se não quiser dar carinho, não apedreje. Se não puder alimentar, não envenene. Se não tiver a capacidade de amar, não maltrate. Se não puder agir a favor, não atra­palhe quem luta por esta causa. Se não conseguir cobrar do poder público, não vá contra a maré.
Na semana passada apresentamos o “cãodomínio” clandestino, localizado no bairro Planalto, a opinião de moradores que se incomodam com a situação e o perigo que o local pode representar para a comunidade. Agora, nesta edição, você poderá conhecer a versão de algumas protetoras e tirar suas próprias conclusões. Boa leitura!

 

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