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Entre os investimentos feitos no enfrentamento à pandemia está o abertura do Pronto Atendimento Covid no prédio onde funcionava o antigo NIS. Foto: divulgação
Enfrentamento a Covid-19 já custou R$ 25 milhões em recurso públicos municipais
Entre os investimentos feitos no enfrentamento à pandemia está o abertura do Pronto Atendimento Covid no prédio onde funcionava o antigo NIS. Foto: divulgação

O enfrentamento a crise de saúde e econômica causada pela pandemia da Covid-19 já custou aos cofres municipais algo em torno de R$ 25 milhões ao longo dos últimos doze meses.

A soma leva em conta investimentos diretos da Prefeitura na contratação de profissionais de saúde, compra de equipamentos, medicamentos e outros insumos, contratação de serviços e reforma de estruturas. Entram nessa conta ainda a aquisição de cestas básicas para distribuição a famílias em situação de vulnerabilidade em decorrência da pandemia, entre outros.

O levantamento do “custo-covid” aos cofres públicos foi feito pelo O Popular com base em informações disponíveis no portal da transparência do Município, bem como solicitação de informações à Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas (SMGP) e ao departamento administrativo-financeiro da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

Do custo, digamos assim, palpável da pandemia aos cofres públicos neste um ano que estamos convivendo com o vírus, R$ 12,9 milhões são referentes aos profissionais de saúde contratados de maneira emergencial para atendimento à demanda extra que procura principalmente o PA Covid.

Os dados contabilizam ainda algo em torno de R$ 4,5 milhões que a Secretaria de Saúde tem gastado na contratação de serviços, como de tomografia e outros tipos de diagnóstico sque hoje dão suporte aos atendimentos prestados na unidade PA Covid.

Muito maior

Embora o custo direto, calculável, da pandemia esteja na casa dos R$ 25 milhões, esse valor é muito superior quando consideramos a necessidade de reorganização da máquina pública para atender as demandas criadas pela Covid-19. Por exemplo, muitos departamentos da Secretaria de Saúde passaram a dedicar seus recursos humanos e de tecnologia quase que totalmente ao enfrentamento do novo coronavírus. Essa despesa, embora na prática esteja sendo ocupada com a pandemia, não entra na conta dos R$ 25 milhões. E isto é apenas um exemplo.

Receitas

Embora tenha havido, no início da pandemia, iniciativas do Congresso Nacional para destinar recursos para que os municípios enfrentassem a pandemia, estes ficaram bem aquém do custo para a máquina pública local. Araucária, por exemplo, recebeu pouco mais de R$ 3 milhões com destinação exclusiva para despesas com a Covid-19.

Juntamente com esses R$ 3 milhões também chegaram aos cofres municipais outros R$ 13 milhões. Este dinheiro, porém, ao contrário do que algumas pessoas acham, não teve como objetivo o enfrentamento ao novo coronavírus e sim compensar as cidades brasileiras pelas perdas de arrecadação causadas pela crise econômica que veio a reboque do vírus.

Os dados absolutos do custo da pandemia para os municípios talvez nunca cheguem a ser conhecidos, até porque essa conta leva em consideração diversas variantes. Logo, esse número de R$ 25 milhões pode ser apenas a ponta do iceberg.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1253 – 18/03/2021

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