Em abril deste ano o Jornal O Popular mostrou em suas páginas uma reivindicação recorrente de moradores da Rua Barigui, no jardim Fonte Nova, bairro Costeira. A reclamação era de um vazamento de esgoto que exalava mau cheiro e escorria para uma área de preservação ambiental. No início dessa semana, os moradores voltaram a procurar nossa reportagem, pois o esgoto, que passa atrás do Colégio Estadual Marilze da Luz Brand, estava vazando novamente.
Segundo eles, a Sanepar é acionada sempre que ocorre um problema na rede, vai até local, porém a solução nunca é definitiva. “O esgoto estava vazando sem parar de novo. Chamamos eles (Sanepar) e até vieram, mas passam alguns dias e o vazamento sempre retorna”, comentou um morador.
Sobre o vazamento ocorrido nesta semana, a Sanepar disse que enviou uma equipe até o local na manhã de terça-feira, 26 de outubro, e fez a desobstrução na rede. Porém ressaltou que as frequentes obstruções estão ocorrendo devido ao mau uso da rede coletora. “A principal situação tem sido a presença de gordura na rede de esgoto, o que acaba causando o problema”, explicou a companhia.
A Sanepar recomendou que o correto é que cada imóvel tenha uma caixa de gordura instalada na saída da água utilizada na pia, antes de chegar à rede pública de esgoto. É um pequeno tanque que retém a gordura lançada na pia ou presente na louça e panelas das casas e restaurantes. Quando esfria, a gordura se transforma em blocos sólidos que se fixam nas paredes das tubulações, reduzindo o espaço para a passagem do esgoto, e, por consequência, provocando entupimentos e transbordamentos.
“Se a rede coletora estiver entupida, há risco de o esgoto retornar para dentro do imóvel. A caixa de gordura também deve ser limpada periodicamente pelo morador”, orientou a Sanepar.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1285 – 28/10/2021