As olimpíadas de conhecimento são atrativas para os jovens que pretendem ingressar no mundo da ciência e da pesquisa. Exemplos de que essas Olimpíadas podem ser a porta de entrada para os jovens na ciência são os estudante Enzo Tokarski, de 14 anos, que está na primeira série do ensino médio do Colégio Marista Sagrado Coração de Jesus e Beatriz Figueiredo Orcheski, de 8 anos, que está no 3º ano do ensino fundamental.
Beatriz ganhou medalha de ouro na Olimpíada Canguru de Matemática – Nível P, e Enzo conquistou duas medalhas de prata, sendo uma na Canguru e outra na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Enzo é um jovem que sonha em trabalhar na Nasa, chegou a visitar a agência nos Estados Unidos este ano, na companhia do pai Marcos Tokaski. “Gostaria de ser astronauta ou cursar Engenharia Aeroespacial para trabalhar na construção de foguetes”, declarou o jovem. Enzo está no caminho certo para conquistar seu sonho e vem se preparando para isso, pois já conquistou várias medalhas em olimpíadas do conhecimento. Na OBA ele já foi medalhista de ouro nas edições de 2020, 2021 e 2022 e prata em 2023 e agora em 2024, e também ganhou medalha de Menção Honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) em 2022.
Neste ano o estudante ainda participou da Olimpíada Nacional de História do Brasil e pretende participar de alguma olimpíada de química. “Também participo de atividades extracurriculares fora do ramo de exatas. No ano de 2023 participei de uma simulação da ONU e, representando os Estados Unidos, ganhei o prêmio de melhor delegado do meu comitê”, completa.
Ao tomar conhecimento que mais uma vez havia sido premiado na OBA e na Canguru, Enzo disse que ficou super feliz. Para ele, é um grande incentivo como estudante receber esse tipo de premiação. “Eu reconheço que não esperava tantas premiações, achei que receberia no máximo um bronze e que em algumas olimpíadas eu nem passaria. Ser reconhecido assim aumenta a vontade de seguir em frente com minha vida acadêmica”, afirma.
Rotina de estudo
Quando perguntam ao Enzo se ele estuda muitas horas por dia, a resposta é de alguém que sabe exatamente o que quer e onde pretende chegar. “Sou muito mais chegado a um estudo mais divertido e integrado com a minha vida. Não gosto tanto de estudar lendo livros monótonos, fazendo tantas anotações, eu costumo, por exemplo, ver vídeos sobre química ou matemática ao longo do meu dia, ler curiosidades, etc. Posso dizer que o estudo é mesclado com todos os momentos do meu dia”, explica.
O estudante é tão focado no seu sonho que este ano pretende fazer o Vestibular do ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, considerado um dos mais difíceis do Brasil, como treineiro. “Vejo o ITA como uma enorme oportunidade na minha vida, afinal é o melhor que existe nesse ramo de estudos. Então pretendo fazer o vestibular esse ano pra entender melhor como funciona e me preparar pra quando tiver que fazê-lo pra valer”.
“Quero ser cientista”
Beatriz também ficou radiante quando recebeu a notícia que havia conquistado a medalha de ouro na Canguru. “Fiquei muito feliz e fui receber meu certificado super animada”, comentou. Essa foi sua primeira medalha e justamente de ouro e em uma olimpíada de conhecimento, mostrando que a garotinha começa a familiarizar com o mundo das competições. “Já recebi medalha de participação no hipismo, mas medalha de verdade é a primeira e de ouro!”, comemora.
A pequena estudante não sonha pequeno, ela quer se tornar uma cientista, mesmo porque, sempre demonstrou interesse nas disciplinas de ciências e matemática. “Uma coisa que eu ainda não entendo bem é raiz cúbica (risos), mas estou lendo sobre isso e aprendendo. Quero ser cientista para poder descobrir novas curas. O cientista estuda muito sobre as mega bactérias e mega vírus, até chegar na cura”, disse.
Outra perspectiva
Para a diretora do Colégio Marista Sagrado, Fabiane Grutzmacher, as Olimpíadas de Conhecimento representam uma oportunidade ímpar para que os estudantes desenvolvam suas habilidades, e também contribuem na construção de conhecimento. “É uma forma de evidenciar para ele ou para ela a possibilidade de conexão dos conhecimentos que vão construindo na vida escolar, para além dos muros da escola, assim eles conseguem compreender o mundo de outra forma, sob outra perspectiva. Nós do Marista entendemos também que as olimpíadas desenvolvem muitas habilidades em diversas áreas e os jovens vão entendendo onde estão as suas potencialidades”, declarou Fabiane.
Ainda segundo a diretora, as olimpíadas também fomentam o interesse do estudante por essa área de conhecimento, para que possa explorar esse mundo que o cerca de uma forma muito distinta, compreendendo a teoria realmente numa outra prática, num outro contexto. “As Olimpíadas propiciam um enriquecimento curricular muito interessante para esse estudante, que vai trazendo uma robustez diferente, então no futuro ele terá a oportunidade de explorar possibilidades acadêmicas, enriquecidas, às vezes conseguir uma bolsa de estudos, tudo isso enriquece o currículo dele para o mercado de trabalho”, completa Fabiane.
Edição n.º 1431.