Estudantes querem incentivar pessoas a optarem por cosméticos não testados em animais

Em sala de aula, os estudantes conversaram com especialistas, que ajudaram no desenvolvimento do projeto. Foto: divulgação
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Estudantes querem incentivar pessoas a optarem por cosméticos não testados em animais
Em sala de aula, os estudantes conversaram com especialistas, que ajudaram no desenvolvimento do projeto. Foto: divulgação

Provavelmente você nunca ouviu falar em “cruelty free”. E se ouviu, possivelmente não se interessou em buscar o significado do termo. Pois bem, “cruelty free” quer dizer “livre de crueldade”, um rótulo usado para produtos, principalmente da indústria cosmética, que não foram testados em animais. O assunto, que vem ganhando projeção, foi tema de um projeto super bacana desenvolvido por estudantes do 4º ano B do Colégio Marista Sagrado Coração de Jesus, o “Animal Friendly”. Eles assistiram ao curta-metragem estreado em abril deste ano, “Salve o Ralph”, que aborda a história de um coelho que “trabalha” como cobaia de uma empresa de cosméticos e ficaram empolgados em pesquisar mais sobre o assunto. A proposta do curta é retratar a crueldade dos testes em animais e pedir o fim dessa prática, por meio da sensibilização do público com o coelho protagonista.

“As crianças viram o vídeo, ficaram sensibilizadas e iniciaram pesquisa, onde descobriram que o Brasil não tem uma lei federal que proíba a realização de testes em animais na indústria cosmética e que a solicitação de fabricação e distribuição ao mercado de produtos cosméticos é regulamentada apenas pela Anvisa. Após as descobertas, elaboraram um projeto cuja ideia é mostrar à população como identificar produtos cosméticos não testados em animais, como encontrar os selos nas embalagens e também incentivar as pessoas a comprarem produtos veganos ou não testados em cobaias”, explicou a professora Jéssica Fernandes D’Anhaia.

Segundo ela, o trabalho dos estudantes é parte integrante do PIS – Projeto de Intervenção Social, desenvolvido todos os s nos colégios da rede Marista. “Na realidade o projeto nasceu em uma conversa em sala de aula, dentro da temática de 2020, sobre animais. As crianças propuseram uma abordagem sobre a questão da empatia pelos bichinhos e um dos colegas sugeriu que assistíssemos ao vídeo Salve o Ralph. Partindo das curiosidades acerca do tema, iniciamos investigações sobre a testagem de produtos cosméticos em animais. As crianças pesquisaram na legislação estadual e federal, elaboraram análises, conversaram com especialistas, sendo um veterinário e uma responsável pelo laboratório de uma empresa de cosméticos”, relatou.

Estudantes querem incentivar pessoas a optarem por cosméticos não testados em animais
Selos que ajudam o consumidor a identificar quando o produto não é testado em animais. Foto: divulgação

A professora contou ainda que após muita pesquisa, o grupo iniciou a ação de conscientização das famílias e das crianças do colégio. Na mostra cultural, apresentaram às suas famílias o projeto de pesquisa e explicaram sobre os selos de identificação dos produtos não testados. Durante a acolhida da Pastoral, foi a vez dos colegas das outras turmas do ensino fundamental 1 conhecerem o projeto e também aprenderem porquê e como comprar produtos não testados em cobaias. O próximo passo dos estudantes é conscientizar toda a população.

Causa nobre

O estudante Felipe de Lara Santiago disse que está aprendendo muito com o projeto “Animal Friendly”. “Estamos trabalhando nisso desde março e o que nos inspirou foi o vídeo do coelho Ralph. Está sendo muito legal porque estamos contribuindo com a sociedade, para protestar por uma causa nobre”, afirmou.

Ana Luiza Gomes Grigolo também está empolgada com o projeto. “É maravilhoso pesquisar e aprender coisas novas”, comemorou. Da mesma forma o estudante Thiago de Oliveira Moreira disse que a ideia é mostrar para a população como identificar os produtos não testados em animais e incentivar as pessoas a comprarem os produtos veganos ou não testados em animais. “Nosso projeto tem esse objetivo e esperamos que as pessoas se conscientizem sobre isso”.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1286 – 04/11/2021

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