Pesquisar
Close this search box.

Evandro Leão: LEI DO RETORNO: INEVITÁVEL

Imagem de destaque - Evandro Leão: LEI DO RETORNO: INEVITÁVEL
Foto: Divulgação
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Supere o desejo de vingança! Ninguém gosta de ser maltratado, ofendido ou enganado por alguém. Lidar com a energia negativa que essas situações geram em nós, bem como com os efeitos prejudiciais dos sentimentos de mágoa, tristeza ou ainda revanche, é importante para restabelecer nossa sintonia espiritual e iniciar o processo de cura interna e espiritual necessário para fechar essas feridas.

Certa vez, ouvi de um protetor astral, Exu Guardião (espírito que atua no equilíbrio kármico, cultuado na Umbanda – religião de matriz africana): “Meu filho, nunca peça vingança em nome de Deus, do Orixá ou de espírito nenhum, chamando isso de justiça, diante ao mal que você recebeu do próximo!”. Essa frase me deixou perplexo. Pensei logo: “Que mal há em pedir a justiça divina em nome daqueles que me feriram?”. Então, ele complementou: “A palavra ‘justiça’ numa prece não pode ser um disfarce poético para o desejo da vingança, já que ser justo é um atributo inerente de Deus. Você não precisa lembrá-lo de quem ele já é!”

É mais questão de ego querer ver o “olho por olho, dente por dente”, e isso pode ser exemplificado na cena da discussão entre duas crianças, quando os pequenos saem rolando no chão durante uma briga por um brinquedo ou na disputa por alguma “razão ferida”. Não é incomum que os pais disciplinem os dois no ato, buscando não sobrevalorizar um em detrimento do outro. Afinal de contas, os pais amam igualmente seus filhos e têm ao seu dispor uma visão mais ampla do contexto de cada um no episódio da briga.

Isso não significa que uma das crianças do exemplo acima de fato não fosse injustiçada, mas a questão chave é que nutrir sentimentos de perdão e compaixão é melhor do que disseminar rivalidades e evitar mais “fogueiras” nas relações, que, depois que superam a casa dos pais, seguem para a rua e tornam-se infinitas. Quem nunca ouviu aquele ditado: “Quem não aprende em casa, a vida ensina”?

Este raciocínio, quando aplicado aos nossos valores espirituais, nos faz refletir se, ao usarmos a palavra “justiça” em nossas preces, esperamos de fato uma reparação justa ao sofrimento recebido ou queremos, de forma mascarada, que quem nos fez mal receba uma contrariedade do astral! Neste ponto, percebo na frase de Exu mais sentido: a justiça não precisa ter um nome específico, um CPF; ela já é uma contraprestação natural do universo para trazer o reequilíbrio.

Desta forma, podemos ter mais serenidade para prosseguir na nossa evolução pessoal. Pois, afinal de contas, independentemente de quem tenha te feito mal, mantenha sua integridade e bons sentimentos de fé, pois seja pela justiça terrena ou pela espiritual, a lei do retorno é apenas um efeito da semeadura de nossos próprios atos. Nossa luta não é entre o bem e o mal, mas sim entre a ignorância e o conhecimento. Progresso sem amarras! Sigam-me no Instagram @tarodafortuna.