Ex-secretário de segurança é contra a desativação do GAT

Castanheira considerou um retrocesso o fechamento do setor
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Castanheira considerou um retrocesso o fechamento do setor
Castanheira considerou um retrocesso o fechamento do setor

O ex-secretário de Segurança Pública de Araucária, Gabriel Castanheira, durante sua atuação à frente da pasta, desempenhou um trabalho que acarretou na redução de índices de violência na cidade. Na semana passada, o atual secretário, José Fortes, anunciou a desativação do Grupo de Apoio Tático (GAT) da Guarda Municipal e Castanheira pronunciou-se totalmente contrário a esta conduta.
“Achei um retrocesso a desativação do GAT. Pois quando assumi a secretaria e mudei o sistema de trabalho, o GAT e GTTAM foram os que me deram suporte nos trabalhos de rua”, afirmou Castanheira. Segundo informações, o que teria motivado o fechamento da divisão seria uma briga entre equipes, porém, o atual secretário comenta que a desativação foi unicamente feita para maior união dos guardas e aumento do número de GM’s nas viaturas.

Castanheira comentou que não se pode permitir que picuinhas pessoais levem a extinção de um grupo que produz muito. “Cabe ao secretário compor os conflitos, e isso é possível tendo o respeito e admiração da tropa”, declarou. Castanheira ainda afirmou que acredita que o grupo possa vir a ser ativado futuramente, conforme o atual secretário disse, mas, ressaltou que é preciso que exista um grupo profissonal e sério, sem fins políticos.
Outro fato que aparentemente pesou na decisão de Fortes, em acabar com o GAT, foi o fato do setor não ser determinado por lei. Alguns guardas afirmam que foi feito concurso, mas Fortes comenta que não houve concurso oficial, visto que não foi ministrado por órgão de ensino. Sobre isso, Castanheira diz que na época em que admnistrava a pasta, tentou que o grupo fosse estabelecido por lei, pois imaginava que a extinção pudesse vir a acontecer posteriormente. “Houve um teste de seleção, onde os guardas fizeram provas, mas de fato não um concurso público. Até porque acho que não precisa ser um concurso, pode ser um teste, mas que seja impessoal e profissional”, destacou.
Na época em que Castanheira era secretário, realizou algumas mudanças no GAT e na GM. Segundo ele todos receberam a diretriz de ir para as ruas e de abordagem, visando ser “mais efetivos e não apenas reativos”. Ele ainda comentou que, mesmo realizando o corte de algumas vantagens do GAT, a divisão continuou sendo a que mais mostrava resultados.
Quando questionado se ele acredita que a Guarda Municipal conseguirá continuar o trabalho que o GAT vinha realizando, de prisões frequentes e até mesmo diárias, Castanheira afirmou que acha que isso será difícil de acontecer. “Os guardas que saíram do GAT eram muito motivados e sentem-se injustiçados agora”, considerou.
Em relação às medidas a curto e a longo prazo para que a população possa sentir diferença na área da segurança na cidade, o ex-secretário preferiu não se manifestar. “Prefiro não apontar minha opinião porque tratam-se de medidas técnicas, e isso vai depender muito da experiência de quem está à frente da secretaria. Mas, com certeza, só vai funcionar se o gestor tiver o respeito da tropa”, finalizou.

Foto: ARQUIVO O POPULAR DO PARANÁ

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