Falta de acessibilidade torna difícil a vida dos cadeirantes

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
Falta de acessibilidade torna difícil a vida dos cadeirantes

A araucariense Thais Santos enfrenta vários desafios quando precisa se deslocar pela cidade com sua filha Melissa. A garotinha tem apenas 4 anos, e sofre de uma doença rara, que a torna dependente da cadeira de rodas. A falta de acessibilidade, os obstáculos e as barreiras existentes nas calçadas, estão entre as dificuldades que encara toda vez que decide sair de casa com a filha. Ela diz que é praticamente impossível concluir um trajeto sem ter que fazer um tremendo esforço. “Eu moro na rua João Besciak, continuidade da Santa Catarina, no bairro Tindiquera, e costumo levar minha filha na casa da minha mãe, que mora na rua Rondônia, no Conjunto Manoel Bandeira, mas é sempre uma viagem complicada. Mesmo com a nova pavimentação que foi feita recentemente na Santa Catarina, a via ainda é cheia de elevações e declives, quase não há rampas de acesso. No Manoel Bandeira as calçadas são descontinuadas, existem postes na frente, que atrapalham a passagem, um verdadeiro absurdo para todos os cadeirantes”, denunciou.

Outra situação apontada pela mãe da Melissa são as calçadas feitas pelos próprios moradores, cada uma de um tipo, de diferentes níveis, obrigando os cadeirantes a seguir pela rua, correndo riscos. “Cansei de ser encarada pelos motoristas como a mãe irresponsável, pelo fato de estar conduzindo a filha cadeirante pela rua e não pela calçada. A gente precisa fazer um esforço físico tremendo para passar por todos os obstáculos. Me admira isso ainda acontecer em Araucária, que é uma cidade em crescimento. As pessoas com necessidades especiais deveriam ter mais atenção, principalmente porque em todo planejamento urbano já está prevista a acessibilidade”, lamentou.

A Secretaria Municipal de Obras informou que a rua citada conta com acessibilidade garantida em, pelo menos, um dos lados da via. Esclareceu que há situações nesta região em que as alterações no relevo não puderam ser realizadas porque comprometeriam o acesso dos moradores às suas casas.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: Marco Charneski

Publicado na edição 1227 – 27/08/2020

Compartilhar
PUBLICIDADE