Desde o instante em que o casal decide adotar uma criança até o momento em que o processo efetivamente se concretiza, há muitos passos a serem seguidos. Também é essencial que os adotantes tenham controle emocional, já que a espera na fila pode ser grande. São tantas dúvidas que pairam no ar, que o Juizado da Infância, Juventude e Adolescência de Araucária vai promover uma audiência pública sobre apadrinhamento e adoção no dia 30 de agosto, às 19 horas, na Câmara Municipal, para que os casais que aguardam na fila e os demais, que pretendem conhecer o processo, possam sanar todas as suas dúvidas.
Quem vai falar aos casais será o promotor da Vara da Infância e da Juventude David Kerber de Aguiar; a juíza da Vara da Infância e Adolescência da Comarca Maria Cristina Franco Chaves; a equipe do Serviço de Apoio Especializado, através dos psicólogos Dorivan Schmitt e Kellen Souza Oliveira Szeliga e a assistente social Adriana Gonçalves; e Marcelo dos Santos, que adotou um menino de 14 anos há cerca de um ano e agora está criando um grupo de apoio aos pais chamado “Reencontro Adoção Consciente”.
Eles farão todos os esclarecimentos necessários a respeito do funcionamento do processo, desde o momento do cadastro das famílias até a adoção em si. Estes encontros estão previstos na lei e contam ainda com depoimentos de famílias que já conseguiram adotar uma criança. O adotante Marcelo vai falar sobre o papel do grupo que está criando que segundo ele, é o de orientar as famílias para que sigam todos os passos necessários previstos pela legislação e, nos conflitos que surgem em meio ao processo, prestar apoio emocional aos casais.
“Um apoio muito importante é na concretização da adoção, quando a criança entra na família, é nesse momento que surgem a maioria dos conflitos. O Reencontro Adoção Consciente vai promover rodas de conversas e terapias se for necessário, para evitar que os conflitos, que muitas vezes resultam na devolução da criança, possam ser evitados”, esclarece.
Outros programas
O promotor David Kerber, explica que ainda na audiência os casais terão a oportunidade de conhecer os programas de apadrinhamento afetivo e do acolhimento familiar e os jovens acolhidos para adoção tardia. “Não apenas os casais que pretendem adotar uma criança, mas toda a comunidade está convidada a participar desse encontro”, comentou.
Publicado na edição 1122 – 19/07/18