Farinhada do mesmo saco!

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Dia desses conversava com alguns assessores de vereadores, logo após – digamos assim – o término de uma sessão plenária que não houve, sobre alguns problemas que o Município vem enfrentando, principalmente em áreas como saúde, esporte, lazer e obras. A maioria deles botava a culpa de tudo àquilo que não vem sendo feito no prefeito.

Eu, só para não perder o costume, discordei. Creio que tanto a culpa daquilo que vem sendo feito como do que não vem sendo feito é, também, dos vereadores. Aliás, penso eu: todos os doze vereadores (onze e mais o licenciado), bem como o prefeito são farinha do mesmíssimo saco, isso – obviamente – não quer dizer que a farinha seja de péssima qualidade, mas não quer dizer também que ela seja de excelente qualidade.

Digo isso porque, convenhamos, hoje na Câmara não há qualquer tipo de oposição ao prefeito. Não há nenhum edil que se declare desse modo. Tanto Executivo como Legislativo se completam. Logo, não é aceitável que vereadores, nem seus assessores fiquem querendo botar a culpa das inúmeras coisas erradas que vemos em Araucária no Poder alheio. Do mesmo modo que não é aceitável que o prefeito e seus assessores façam o mesmo. Sim, porque se eu tenho um mandato e não concordo com a linha que vem sendo tomada por determinada pessoa, a decência, a ética e o respeito aos eleitores manda que eu me declare de oposição. Se não faço isso, sou, no mínimo, conivente com tudo aquilo que está acontecendo. Se bem que aqui em Araucária, não creio muito que se aplique o termo conivência, prefiro “cumplicidade” e “favorecimento”.

Como cidadão, obviamente, lamento o fato de não termos uma oposição verdadeira atuando na política local. Sim, porque a divergência deixa a todos mais alertas, mais cuidadosos, com certo medo de fazer algumas coisas. E, como todos sabemos, quando certos políticos sentem medo de que sejam descobertos fazendo determinadas travessuras, quem ganha é a população.

Ah, e é bom deixar claro que quando falo em oposição, cito àquela verdadeira prevista em nosso sistema político, praticada por quem tem mandato. Isso, claro, não diminui a importância dos gritos das minorias, mas – admitamos – eles não têm a mesma força dos que poderiam ser ecoados em nossas câmaras de poder. Então, até para não me alongar demasiadamente, fica à dica aos políticos locais e seus assessores: se consideras o outro safado, saiba que tu és safado também, pois atualmente são todos farinha do mesmo saco comendo do mesmo pão!

Boa semana a todos e até uma próxima! Comentários são bem vindos

 

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