Uma licitação lançada recentemente pela Companhia de Habitação de Araucária (Cohab) promete – finalmente – fazer andar a fila da casa própria na cidade, que hoje tem mais de 2.800 famílias aguardando.
Nesse certame, que será aberto no dia 8 de abril, estão inclusos dois projetos habitacionais, sendo que a empresa interessada na obra terá que – primeiro – investir recursos próprios no projeto para só depois ver o retorno do dinheiro aplicado. Um deles é o loteamento jardim Juruá, no Campina da Barra, e o segundo o Esperança III, no bairro Costeira.
O edital prevê que a empresa que vencer a licitação terá que custear toda a infraestrutura do Jardim Juruá, que é composta por uma série de terrenos acidentados. Em troca desse serviço, a Cohab irá repassar à vencedora do certame o terreno do jardim Esperança, onde será edificado o Residencial Esperança III. Essa transferência, no entanto, só se dará após a conclusão dos serviços no Juruá.
Ainda conforme o diretor presidente da Cohab-Araucária, João Caetano Saliba Oliveira, o valor estimado da área onde será edificado o Esperança III é de R$ 3,1 milhões, sendo que inicialmente os custos da infraestrutura do Juruá estão orçados em R$ 2,3 milhões. “A empresa que vencer a licitação terá que devolver aos cofres da Cohab a diferença entre o que investir na infraestrutura do Juruá e o valor do terreno do Esperança”, explica.
A licitação é meio confusa mesmo, já que o lucro da empresa que topar a empreitada virá justamente da construção das residências nesses dois loteamentos, os quais utilizarão recursos do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo o que prevê o certame, no Juruá serão erguidas 94 casas, que atenderão exclusivamente os cadastrados junto à Cohab e, preferencialmente, moradores da área de ocupação irregular do Magnópolis, no Campina da Barra. As famílias beneficiadas deverão ter renda familiar até R$ 1.600,00 por mês, a chamada faixa I, que atende aos mais carentes.
Já o Residencial Esperança III, que será erguido num terreno da Cohab situado na rua Carlos Vicente Zapxon, será composto de algo em torno de quatrocentos apartamentos. Eles serão voltados exclusivamente para atender a fila da Cohab. A maioria das residências será para aqueles que têm renda familiar entre R$ 1600,00 e R$ 3.200,00 mensais, a chamada faixa II. No entanto, do total das moradias erguidas, 15% será destinada a famílias da faixa I. Assim como o Juruá, essas residências serão edificadas com recursos do Minha Casa Minha Vida, sendo que a empreiteira que executar o empreendimento a aprovação do financiamento da obra junto à Caixa.
Texto: Waldiclei Barboza / Foto: EVERSON SANTOS
