Pedro Portela tem uma ficha extensa de crimes
Os dias de foragido de Pedro Portela, 36 anos, acabaram. Através de uma denúncia anônima, a Polícia Civil de Araucária, conseguiu prender o indivíduo condenado a mais de 33 anos de prisão, que até então fugia da justiça. Ele foi preso na terça-feira, dia 6 de maio, na Avenida das Nações, bairro Estação.
No momento da prisão Pedro tentou se passar por outra pessoa, José Carlos da Silva, e inclusive apresentou uma carteira de identidade com este nome. Para confirmar a verdadeira identidade do detido, foi realizada a coleta das digitais que foram encaminhadas à datiloscopia pelo Instituto de Identificação do Paraná.
Conforme a polícia, Pedro é um suposto psicopata, pois apresenta desordem de personalidade. Ele afirma com convicção que é José Carlos da Silva e que nunca se chamou Pedro Portela. No entanto, familiares do preso confirmaram sua verdadeira identidade, dizendo inclusive que vinham sofrendo ameaças do mesmo.
Pedro Portela possui em seu currículo tenebroso e repleto de crimes bárbaros assaltos e homicídios representando grande perigo para a sociedade estando solto, inclusive já teve sua história mostrada em reportagem no programa Linha Direta, que era apresentado pela Rede Globo de Televisão.
A reportagem
O passado violento de Pedro Portela foi exibido no Linha Direta da Rede Globo em 19 de maio de 2005. Na época, o relato era que Pedro Portela, então com 27 anos, era foragido da justiça por assaltos e homicídio. Em seis anos, de 1998 a 2004, ele tinha causado danos às vidas de dois microempresários, havia matado um adolescente e esfaqueado o dono de uma pousada, este último conseguiu sobreviver.
Os assaltos aconteceram no município onde Pedro residia: Colombo, região metropolitana de Curitiba. Os três primeiros vitimaram o dono de um supermercado de bairro e fez com que ele fechasse o negócio por falta de segurança. De patrão, voltou a ser empregado em supermercado.
O segundo assalto foi a uma empresa que produz artefatos de concreto. A vítima estima que tenham sido levados 10 mil reais em bens e dinheiro. Os assaltos foram praticados com pelo menos mais dois comparsas e eles usavam pistolas e espingarda calibre 12, além de revólveres.
Pedrão matou a facadas um rapaz de 15 anos, Rodolfo, porque este tinha impedido que ele abusasse de uma moça seis meses antes. Para sair do lugar onde já era conhecido como assaltante e homicida, Pedro se refugiava na Ilha do Mel, a 100 quilômetros de Curitiba.
Ele sempre conseguia trabalho em uma pousada como pedreiro. O dono da pousada, Ronaldo, achava que ele não representava perigo. Estava enganado, pois quando Ronaldo o dispensou do trabalho e recusou-se a emprestar um quarto para passar a noite com uma mulher, Pedrão o cercou e o esfaqueou. Durante estes seis anos cometendo crimes, Pedrão esteve preso por duas vezes, mas conseguiu fugir.
Segundo a polícia, pelo comportamento de Pedrão, tudo indica que ele voltará a cometer crimes violentos.