Fórum de Combate ao Racismo pede tratamento severo contra pichação racista

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Fórum de Combate ao Racismo pede tratamento severo contra pichação racista
Pichação em muro desencadeou novas discussões em torno do tema

 

A pichação racista que apareceu no muro da Escola Municipal Archelau de Almeida Torres na manhã de sábado, 20 de janeiro, provocou revolta na comunidade. Embora tenha sido apagada quase que imediatamente pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), a pichação chegou a ser vista por várias pessoas e outras tantas tomaram conhecimento do fato rapidamente.

Para que mais este crime de segregacionismo não fique impune, o Fórum de Combate ao Racismo procurou a Delegacia de Araucária na segunda-feira, 22 de janeiro, para registrar um boletim de ocorrência, na esperança de sejam tomadas providências. O movimento também está pretendendo uma reunião com a Promotoria, para fazer a denúncia. “Não foi apenas um crime de racismo, mas também uma apologia ao nazismo. Nós faremos uma reunião para definir os próximos encaminhamentos, e a ideia de realizar um ato público não está descartada”, comentou Jester Furtado, integrante do Fórum.

A confeiteira Janete Martins, que no ano passado foi vítima de várias ameaças racistas, disse ter ficado indignada ao saber da pichação. “Não foi uma simples manifestação de racismo, teve ainda a questão do nazismo. Mesmo que não tenha sido diretamente comigo, me atingiu, principalmente porque já fui vítima de vários ataques racistas. Infelizmente o preconceito racial tem aumentado na nossa cidade. As pessoas esquecem que os negros ajudaram a construir a história desse país, por isso até hoje sofremos demais com o preconceito. Isso é revoltante”, comentou.

O diretor geral da Secretaria Municipal de Educação, Luiz Carlos Carvalho, comentou que a prevenção contra o racismo já é uma ação cotidiana nas escolas municipais e que a africanidade faz parte do currículo. “Também temos vários trabalhos voltados à semana da Consciência Negra e outro trabalho desenvolvido através do Centro Municipal Educacional Cultural Luci Moreira Machado – Ensino Multidisciplinar, que consiste na oferta de cursos itinerantes para várias comunidades, sendo estes focados na africanidade. Os cursos são ministrados pelo professor Paulo Antônio dos Santos, que é negro”, exemplificou.

 

Foto: Marco Charneski

 

Publicado na edição 1097 – 25/01/2018

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