Em referência ao dia mundial de luta contra a hepatite viral, 28 de julho, o Hospital Municipal de Araucária (HMA), está realizando palestras entre seus colaboradores, para a conscientização sobre os perigos da doença. A instituição também faz um alerta a respeito da importância da vacinação e da realização dos exames periódicos para detecção das hepatites.
Segundo o médico Infectologista do HMA, Luiz Otávio, as causas, a vacinação, a prevenção e o tratamento da doença são distintos, de acordo com o tipo de vírus da hepatite. “É uma doença que milhares de brasileiros podem ser portadores sem saber, a hepatite viral é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por outros tipos de doenças que comprometam o fígado. Por ser silenciosa, a hepatite nem sempre apresenta sintomas, por isso a necessidade da vacinação, mas quando estes aparecem, podem ser em forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, explica o médico.
Ele esclarece que existem cinco tipos de hepatites virais, que são nomeadas por letras. As mais comuns encontradas no Brasil são as causadas pelos vírus A, B e C, existem ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. O perigo para os portadores do vírus B e C é que as hepatites podem evoluir e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. “Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina”, orienta Dr Luiz.
A hepatite A tem tratamento simples e se ele for seguido direitinho, a doença certamente terá cura. A do tipo B é causada pelo vírus B, que está presente no sangue, no esperma e no leite materno, por isso, é considerada uma infecção sexualmente transmissível, e pode ser transmitida de mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação. Já a Hepatite C é o tipo mais grave da doença. Na verdade, a maioria das pessoas não sabe que tem hepatite C, muitas vezes descobre através de uma doação de sangue ou pela realização de exames de rotina, ou quando aparecem os sintomas de doença avançada do fígado, o que geralmente acontece décadas depois.
Para a diretora administrativa/assistencial do HMA, Débora Bilovus, é muito importante fazer o teste para detecção da doença, mesmo sem sintomas. “Ele é rápido e pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde, utilizando-se apenas algumas gotas de sangue, obtidas pela punção na ponta do dedo. O procedimento leva em torno de 30 a 40 minutos, incluindo-se o tempo de aconselhamento, que acompanha a entrega do resultado”, orienta.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1174 – 01/08/2019