Na retomada das sessões de julgamento da Vara Criminal de Araucária, dois homens acusados por crimes hediondos distintos, vão a júri popular. O primeiro a sentar no banco dos réus, em 30 de janeiro, é Nivaldo Aparecido Pereira, mais conhecido como Nill, acusado de matar com uma facada no peito Cristóvão de Oliveira Morais. O crime aconteceu no dia 29 de maio de 2011, na rua Capivari, Jardim Shangri-lá.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Nivaldo teria matado Cristóvão por dois motivos torpes: porque acreditava ser ele o autor da morte do seu primo “Preto”, ocorrida dez dias antes do crime em questão, e também em razão de dívida de drogas. Por outro lado, segundo a defesa do réu, a denúncia não reflete a verdade dos fatos, o que será provado durante a instrução criminal, quando ficará claro que
Nivaldo já vinha sendo perseguido e ameaçado por Cristóvão durante algum tempo. “Inclusive, já havia sido espancado seriamente por ele que, além de ter tirado a vida do primo do acusado, ainda ameaçava estender as agressões contra sua mãe. No dia do crime, foi a vítima quem investiu contra o acusado, o qual nada fez além de repelir a injusta agressão, utilizando-se moderadamente do meio que dispunha no momento”, alegou a defesa.
Nivaldo foi preso ainda em maio de 2011 e sua liberdade provisória foi concedida pela Justiça em agosto de 2011. Ele responde pelo crime em liberdade.
Feminicídio
No dia 06 de fevereiro, outro crime hediondo que chocou toda a comunidade de Araucária, pode ter um desfecho. Israel de Souza dos Santos, acusado de matar a facadas a esposa Izabel Spies, sentará no banco dos réus para receber sua sentença. O crime aconteceu no dia 13 de novembro de 2023, na Rua Itararé, bairro Costeira.
A briga do casal começou dentro da casa e alguns golpes foram desferidos por Israel na frente dos dois filhos em comum que eles tinham. Após levar as primeiras facadas, Izabel fugiu correndo pela rua, pedindo por socorro, mas foi alcançada pelo marido. O filho do casal, de 17 anos, viu quando o pai, ensandecido, terminou de matar a mãe, na esquina da casa onde residiam.
Israel se apresentou na Delegacia três dias depois do crime, acompanhado de um advogado. Enquanto aguardava para ser ouvido, ele teve a prisão preventiva decretada e permanece preso desde então.
Edição n.º 1449.