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Homem acusado de matar a própria mãe com requintes de crueldade tem júri popular marcado

Homem acusado de matar a própria mãe com requintes de crueldade tem júri popular marcado

Lorenzo Cezar Muniz, acusado de matar a própria mãe, Ana Maria Muniz, 79 anos, com requintes de crueldade, no dia 9 de setembro de 2020, teve o júri popular marcado para o mês de agosto. Lorenzo foi pronunciado pelo Ministério Público em 30/08/2022, ele é acusado pela prática dos crimes descritos no artigo 121 (homicídio), §2º, com as qualificadoras dos incisos III (meio cruel), IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) e VI (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino), e ainda §2º A, inciso I (violência doméstica e familiar), do Código Penal.

Em 21/05/2021, Lorenzo havia sido submetido a exame de insanidade mental e o laudo médico foi o seguinte: “Ao tempo da ação, em razão de CID-10: F14.5, o examinado estava parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e parcialmente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento”. Considerando o resultado do laudo, o processo seguiu os trâmites normais, o réu foi pronunciado, recorreu da decisão de pronúncia, mas o Tribunal de Justiça manteve a decisão. Dessa forma, o resultado do exame de insanidade só poderá ser utilizado como atenuante da pena na sentença a ser proferida no dia do Júri.

Relembre o crime

No dia 9 de setembro de 2020, por volta das 22h, na Rua Raimundo Suckow, no Jardim Iguaçu, Lorenzo Cezar Muniz, assassinou a própria mãe, de 79 anos, escalpelou seu couro cabeludo e ainda arrancou um dos seus olhos. Após cometer o crime, ele ainda matou o animal de estimação da família, um gato, e o colocou sobre o corpo da vítima.

Em seguida, Lorenzo cortou os próprios pulsos, abriu a mangueira de gás da casa e a colocou em sua boca a fim de inalar o gás, possivelmente buscando tirar a própria vida. No entanto, na manhã seguinte ao crime, ele foi socorrido por guardas municipais e pelo SIATE, acionados por sua irmã, que chegou na residência e encontrou a mãe em óbito na sala e o irmão desmaiado com a mangueira de gás na boca.

Ainda, segundo relatado pelas testemunhas e pelos guardas municipais, havia um forte odor de gás na residência, ocasionado pelo vazamento provocado pelo acusado. No dia seguinte ao crime, em depoimento na Delegacia, Lorenzo não confessou o crime, porém disse que a morte poderia ter ocorrido por “influência espiritual”. Isso porque segundo ele, na noite dos fatos, ele e a mãe teriam ido orar e de repente ela teria começado a agredi-lo, batendo em seu rosto e jogando-lhe contra o sofá. Ainda segundo o suspeito, sua mãe parecia ter força descomunal, foi quando ele começou a gritar “em nome de Jesus”. Neste momento, contou, os cabelos da mãe teriam começado a cair e os olhos ficaram escuros e pareciam estar virados.

Edição n. 1370

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