Muita gente achou que o tamanho da mobilização feita pelos sindicatos na manhã de ontem na Câmara de Vereadores, por conta da mudança no decreto que nomeava a comissão de avaliação de investimentos do Fundo de Previdência, foi exagerada, desmedida.
Pode até ter sido, a considerar que o próprio Olizandro voltou atrás e refez o tal decreto conforme a solicitação do pessoal do Fundo um dia antes. Mas, como a mobilização estava articulada, data, local e o motivo determinados, os servidores foram lá. Se a mudança no decreto foi intencional ou só mesmo um erro da equipe que assessora o prefeito, isso faz pouca diferença. Ele passou por vilão da história e pronto. Seu pessoal deveria saber que os nervos dos servidores estão à flor da pele, ainda mais quando se fala de dinheiro de aposentadoria e depois da batalha da praça da Nossa Senhora de Salete. Todo mundo foi à reunião com sangue nos olhos, prontos pra briga. E nem era o caso.
A atual administração está para lá de desgastada com os servidores. Enfrentou greves, paralisações, protestos de tudo que é jeito. Precisa ficar, todo santo dia dizendo que não vai conseguir fazer o que eles pedem, por mais que seja direito, por não ter grana em caixa.
Situações como o episódio do decreto refeito poderiam ser evitadas. Até porque não é só o filme do prefeito que se queima. Se ficasse nele o problema, ainda seria menos mal. Toda vez que existem protestos como estes, por mais que sejam legítimos, resultam em um prejuízo ao serviço ao cidadão. Afinal, servidor protestando, não está em seu posto de trabalho, dando aulas ou atendendo usuários na saúde, por exemplo.
Esta cidade precisa de um pouco de rotina e paz. Pense nisso e boa leitura.