O Instituto Água e Terra (IAT) solicitou um relatório mais detalhado sobre o incêndio ocorrido na tarde de sexta-feira, 9 de abril, que destruiu completamente o pátio de sucatas da empresa Gerdau Araucária, localizada na PR 423, Km 24.5, no bairro Passaúna. O incêndio de grandes proporções durou quase 27 horas e gerou uma nuvem de fumaça gigantesca, que podia ser vista em vários cantos da cidade e até em municípios vizinhos, o que deixou muitos moradores assustados.
Na terça-feira, dia 13, os técnicos do IAT, acompanhados por equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) fizeram vistorias no local, e não constaram nenhum dano ambiental terrestre aparente. Porém, o órgão solicitou informações mais detalhadas sobre o acidente, para só então tomar as medidas necessárias. A SMMA informou que apenas acompanhou as diligências, já que o IAT é o órgão fiscalizador nesse tipo de situação. Explicou ainda que esta foi a primeira vez que houve um acidente nessas proporções na Gerdau.
Medidas compensatórias
A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a Gerdau, para saber quais as medidas compensatórias que a empresa iria adotar diante da dimensão do incêndio. Através de sua assessoria de imprensa, a Gerdau informou que todas as medidas de contenção ao incêndio foram tomadas e reportadas aos órgãos legais. Questionamos ainda o fato de a empresa manter as sucatas a céu aberto, e a resposta foi que esse é um procedimento normal na indústria do aço.
Outra questão polêmica foi com relação à demora da Brigada interna em acionar o Corpo de Bombeiros. Mas a empresa alegou que a Brigada interna foi acionada dentro dos padrões dos protocolos de emergência e que o Corpo de Bombeiros chegou ao local 15 minutos após o acionamento. “Acionamos o PAM e requisitamos ajuda de outras empresas do polo industrial de Araucária. Essa atuação de ajuda mútua é uma boa prática no setor industrial para casos que exijam cooperação e atuação coletiva. A Gerdau também já cooperou com outras indústrias em casos similares. O PAM é formado exatamente para as indústrias cooperarem umas com as outras”, argumentou a empresa, lembrando que os hidrantes estavam funcionando normalmente e que a manutenção sempre é feita, seguindo a legislação.
Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1257 – 15/04/2021