Jovens pesquisadores desenvolvem bateria inédita para carros elétricos

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Jovens pesquisadores desenvolvem bateria inédita para carros elétricos

Daqui aproximadamente 10 anos, os carros elétricos irão representar 5% da frota brasileira, com vendas de 180 mil unidades por ano, segundo informações da BCG (Boston Consulting Group). Um mercado promissor está surgindo e trazendo grandes desafios às montadoras e às redes de abastecimento. De olho nessa onda da eletrificação, jovens universitários se debruçaram ao longo dos últimos três anos sobre um projeto inovador e ousado. Os estudantes Rodrigo Fagundes, 23 anos, e Cristofer Silva, 21 anos, que estão no último semestre do curso de engenharia mecânica, começaram a pesquisar em 2017, um modelo de bateria com uma nova composição, que ainda não existe no mercado. Posteriormente, vieram somar à equipe a engenheira química Jolena Soares e o doutor em ciência dos materiais, Fabiano Thomazi.

Os pesquisadores desenvolveram uma bateria de silício aprimorada para os carros elétricos. Esse componente representa diversas vantagens em comparação com as baterias tradicionais, entre elas, um menor custo, maior autonomia e menor tempo de carregamento.

O universitário Rodrigo explica que, por conta da sua abundância na natureza, o silício possui um baixo custo de produção. “Esse menor custo poderá resultar também no barateamento dos próprios veículos”, destaca. E diz ainda que as baterias de silício oferecem maior autonomia aos carros, pois esse material tem uma capacidade de armazenar energia até 10 vezes maior do que as baterias convencionais.

Em relação ao menor tempo de carga, Cristofer comenta que a bateria desenvolvida por eles tem uma condutividade elétrica superior. “Isso possibilita que elas carreguem mais rapidamente”, destaca.

Mercado

Os jovens que fundaram neste ano uma pequena empresa, a RDB Corporation, com a finalidade de proteger as propriedades intelectuais, têm a expectativa de que até o ano de 2023 o produto já esteja pronto para produção e comercialização em larga escala. O grande problema da equipe é a falta de incentivos financeiros e de apoio para dar sequência ao projeto. “Chegamos agora em uma das fases que requer mais recursos financeiros, que é a confecção de um lote piloto com protótipos funcionais para testes. Para isso, precisamos de um laboratório e materiais”, pontuam Rodrigo e Cristofer.

Eles explicam que depois dessa etapa é só fazer algumas correções e melhorias, homologar e a bateria de silício estará pronta para entrar no mercado. No site da empresa rdbcorporation.com os jovens lançaram uma campanha de apoio que é uma espécie de vaquinha virtual para arrecadar fundos. É possível doar a partir de R$ 10,00. “Nossa meta é de R$ 53 mil. Até o momento não conseguimos nada, mas sabemos do potencial desse produto e de toda a dedicação que tivemos para fazer a pesquisa e o desenvolvimento nos últimos três anos. Por isso, não vamos desistir. Vamos continuar na luta e firmes na nossa meta de colocar essa bateria no mercado em 2023”, declaram.

Os jovens já se inscreveram em diversos programas e incubadoras de apoio e incentivo a pesquisas de inovação, porém por conta da pandemia do coronavírus esses projetos estão parados e a única alternativa para não parar a pesquisa é o aporte financeiro.

Os contatos do grupo são através do e-mail contact@rdbcorporation.com ou pelo telefone (41) 99531.6012.

Foto: divulgação

Publicado na edição 1225 – 13/08/2020

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