O principal suspeito de ter matado o caminhoneiro Valdir Ribeiro Luz Junior, de 65 anos, que foi encontrado morto no pátio de uma empresa de distribuição de derivados de petróleo, localizada no bairro Estação, na manhã do dia 22 de agosto, está em liberdade provisória. A liberdade provisória consiste em um benefício constitucional garantido ao acusado para que este responda o processo livre de prisão cautelar, isto é, em liberdade, com ou sem o arbitramento de fiança, ou outras medidas cautelares.
O suspeito foi autuado em flagrante por homicídio simples, mas não confessou o crime. “Ele não confessou ter matado o colega caminhoneiro, apenas disse em seu depoimento que não se lembrava dos fatos. Segundo as investigações, ambos estavam muito bêbados naquela noite. Há indícios de autoria, mas ainda aguardamos os laudos da necrópsia para concluir o inquérito”, disse o delegado de Araucária, Erineu Portes.
O crime
A Polícia Militar de Araucária foi acionada para atender a ocorrência e ao chegar no local encontrou a vítima caída do lado da porta do caminhão, com sinais de agressões, apresentando lesões na face, sua prótese dentária estava caída no chão, e suas roupas e o calçado, além da carteira com os documentos, estavam espalhados pelo local. Também havia sangue na lataria do caminhão.
Naquele momento a PM relatou que a cena apresentava fortes indícios de que naquele local havia tido uma briga. A cerca de uns 20 metros do corpo, tinha outro caminhão, no qual a polícia encontrou vômito na escada do lado da porta do motorista. Ele estava dentro da cabine e ao ser abordado disse que na noite anterior havia saído com a vítima para beber em um bar. Falou que não se lembrava de nada, muito menos do que poderia ter acontecido com o colega motorista.
Ele relatou ainda que Valdir poderia ter sido roubado, porém, a polícia localizou com a vítima um cartão de crédito no bolso, seu celular estava na cabine do caminhão, bem como seus documentos estavam pelo chão, contrariando a versão do homem, que apresentava ferimentos, dando a entender que seria o possível autor das agressões.
Edição n.º 1430.