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Justiça revoga prisão preventiva de jovem envolvida no crime

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A Juíza titular da Vara Criminal de Araucária, Débora Cassiano Redond, acatou o pedido da defesa e revogou a prisão preventiva de Maiara Barboza Andrade, 28 anos. Ela é suspeita de ter participado da morte por espancamento do jovem Gabriel Oliveira da Silva, de 20 anos, ocorrida na madrugada do dia 8 de maio. O advogado de defesa de Maiara apontou a falta indícios de autoria e a existência de prova cabal quanto à não participação da acusada no crime de homicídio. “Não se pode […] colocar todos os envolvidos da cena do crime no mesmo saco, como se fossem um corpo uno em ressonância criminosa. Cada indivíduo teve uma participação diferente e deve ter sua punibilidade aferida de forma individual. Não há nos autos qualquer elemento objetivo que recomende a prisão da ré, ao contrário, como se verifica no vídeo em anexo (gravado por câmeras de segurança de um comércio próximo ao local do crime), onde esta defesa faz a análise pormenorizada da cena do crime, verifica-se claramente a prova da sua inocência. A ré, como se pode ver nas imagens, tentou à exaustão salvar a vida da vítima, inclusive oferecendo resistência corporal aos agressores. Como pode ela ser um risco à sociedade? A liberdade da ré de nenhum modo representa qualquer risco social ou ao processo”, argumentou a defesa em seu pedido de revogação.

Ainda de acordo com o advogado, Maiara é mãe de família, possui dois filhos pequenos, trabalha e nunca se envolveu em qualquer situação criminal. “Sua conduta foi heróica, nunca criminosa. Não merece permanecer encarcerada por um erro estatal, que na pessoa do ente público denominado Ministério Público deixou de analisar detidamente as provas do processo e ofereceu uma denúncia genérica. É dever da Justiça, agora, fazer cessar o mal provocado à pessoa de Maiara Barboza Andrade – inocente – presumidamente por lei e concretamente pelas provas, restituindo-lhe imediatamente a liberdade e a dignidade”, destaca outro trecho.

A Justiça, em seu deferimento, explicou que diante dos argumentos expostos pela defesa, “é possível reconhecer, ainda em juízo preliminar de deliberação, que se houve alguma participação da acusada no evento criminoso, seguramente não foi quanto aos atos de execução, visto que Maiara – após ter se afastado quando Gabriel desmaiou -, retornou para próximo da vítima assim que os agressores dele se aproximaram, tendo em mais de um momento agido para tentar repeli-los”.

Relembre o crime

Gabriel Oliveira da Silva foi morto próximo à Praça da Bíblia, no bairro Fazenda Velha, por um grupo de agressores, que o espancou até a morte. A vítima levou chutes, pontapés, pedradas, sem ao menos ter chances de se defender. Devido à gravidade dos ferimentos, Gabriel não resistiu e morreu no local.

Presos

Os demais jovens envolvidos no crime, entre eles Erik Fernando Azevedo Nogueira, Eduardo Fernando Azevedo Tavares, Fabrício Hass Verdi Bonin e Diogo Martins de Araújo, seguem detidos. Roni Peterson Buchanelli dos Santos continua foragido.

Publicado na edição 1267 – 24/06/2021