A leitura apresenta um mundo mais dinâmico, pleno de possibilidades.
O leitor procura respostas em todos os momentos e situações. E sentirá fascinação pela leitura quando descobrir que ela oferece respostas às indagações secretas.
A literatura, por trazer um universo de valores diversificados, afasta o leitor de uma mentalidade fechada e atrofiada. A mente aberta aceita a relatividade dos valores, das verdades, da tradição. O importante não é a uniformização das ideias, mas a harmonização dos contrastes para que a evolução aconteça.
A literatura põe em xeque a lógica e valoriza a intuição da descoberta do novo. Não existe a perfeição a ser atingida, mas a evolução é contínua, a vida é dinamismo.
Segundo Bárbara Vasconcelos de Carvalho, “Os livros ajudam as crianças e os jovens a crescer, a encontrar caminhos e soluções para suas proposições, suas inquietações, seus problemas de ordem intelectual, psicológica, ética, moral e social.”
Eis uma diversão de ouro para os mais variados momentos e lugares.
A leitura é uma saudável prática que proporciona, ao mesmo tempo, momentos de concentração e de intimidade e momentos de relacionamento e diálogo, quando se partilha com o outro as leituras.
De acordo com Daniel Pennac, para que a leitura não se torne um peso e uma chateação, é necessário que sejam respeitados os 10 direitos do leitor. Eis a lista:
DIREITOS IMPRESCINDÍVEIS DO LEITOR
- De não ler.
- De pular páginas.
- De não terminar um livro.
- De reler.
- De ler qualquer coisa.
- Ao bovarismo*.
- De ler em qualquer lugar.
- De ler uma frase aqui e outra ali.
- De ler em voz alta.
- De calar.
*Bovarismo: doença textualmente transmissível. Satisfação imediata e exclusiva de nossas sensações: a imaginação infla, os nervos vibram, o coração se embala, a adrenalina jorra, a identificação opera em todas as direções e o cérebro troca (momentaneamente) os balões do cotidiano pelas lanternas do romanesco.
PENNAC, Daniel. Como um romance. Rio de Janeiro: Rocco, 1992
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos de. A literatura Infantil e juvenil. São Paulo: Global, 1989.
Texto: Lauro Daros
Publicado na edição 1274 – 12/08/2021