A juíza da Vara Criminal de Araucária, Débora Cassiano Redmond, negou mais um pedido de soltura feito pela defesa de Lucas Leonardo de Lima Ribeiro, 24 anos, motorista do Palio Amarelo que provocou a morte dos irmãos Carlos e Moacir Rybinski, no dia 27 de fevereiro. Os advogados de Lucas entraram com pedido de Prisão Domiciliar, alegando que no acidente pelo qual ele responde, teria fraturado a perna em três lugares, e devido ao tempo que ficou preso e sem tratamento adequado, encontra-se com a perna fraturada atrofiada e com sequela de difícil reparação. A defesa alegou ainda que Lucas está no Complexo Médico Penal, porém não tem condições de se locomover sozinho, devido à gravidade das lesões, e que se ele não receber o tratamento adequado, poderá ficar em uma cadeira de rodas para o resto de seus dias.
O pedido foi negado porque a Justiça entendeu que para haver substituição da prisão preventiva por domiciliar é necessária a apresentação de prova idônea, seja quanto à falta de assistência ou quanto a extrema debilidade do réu, o que não foi apresentado pela defesa de Lucas. Ainda na decisão da Justiça consta que o acusado foi transferido para o Complexo Médico Penal justamente para submeter-se a tratamento adequado, sendo o referido estabelecimento de segurança responsável por prestar o devido atendimento aos presos que necessitam de algum tipo de assistência ambulatorial e psíquica. E que se de fato houvesse gravidade no estado de saúde do réu, este sequer receberia alta médica após ser atendido junto ao Hospital do Trabalhador.
Publicado na edição 1265 – 10/06/2021