A mãe da estudante envolvida no caso de agressão ocorrido no Colégio Estadual Profª Helena Wysocki na sexta-feira (19), procurou a reportagem do Jornal O Popular nesta-quinta-feira (25), para apresentar a sua versão dos fatos. Ela relata que, após a repercussão do caso, passou a temer pela segurança das filhas, e alegou que elas estariam sendo marginalizadas, recebendo xingamentos e sofrendo várias ameaças.

“Gostaria que a verdade fosse dita. Esclareço que não houve agressão brutal, como tem sido amplamente divulgado. Minha filha, em sua versão, descreveu ter desferido apenas dois socos, e ela possui a mesma idade e porte físico da outra envolvida. Ela agiu em defesa da irmã, que vinha sofrendo bullying desde o início do ano. Inclusive a menina agredida havia ameaçado minha filha mais nova, dizendo que a machucaria. Diante disso, minha filha mais velha, movida pelo instinto de proteção, acabou fazendo isso, o que eu não achei certo e não compactuo. Minhas filhas sempre foram muito educadas e não merecem passar por isso”, declarou Suellen Van Dienen.

Ainda de acordo com a mãe, tão logo a filha mais nova entrou no Colégio Helena, passou a chegar em casa triste, por vezes chorosa, situação que a levou a questionar o motivo. “Ela me contou que uma colega de turma tirava sarro do jeito dela falar, porque minha filha faz trocas nas pronúncias. Essa menina fazia bullying contra ela. Fui à escola, pedi atenção ao fato e foi me repassado que houve cobrança não somente da aluna que praticava o bullying, como de todos os demais alunos, mas a menina continuou, às vezes olhava de cara fechada para minha filha, intimidando-a. Minha filha sempre teve medo dela, porém começaram a ter uma certa aproximação de convivência em sala, ainda assim a menina continuava a rir das pronúncias dela”, conta.

A mãe diz ainda que na quinta-feira (18), dia que antecedeu a briga, a menina emprestou uns clips da sua filha para aprontar e acabou que algumas crianças foram chamadas na secretaria da escola. “Minha filha estava nesse grupo que foi chamado e não achou justo, por isso falou para a menina que contaria a verdade, que só havia emprestado os clips e não sabia o que ela pretendia fazer. A menina ameaçou bater e tirar sangue da minha filha, e com medo, ela contou pra irmã mais velha, que logicamente se doeu e ao chegar em casa contou pra mim. Fui até a escola novamente na sexta-feira e ao chegar a pedagoga disse que a menina era acostumada a fazer essas coisas, a ameaçar, mas nunca fazia nada. A pedagoga disse que iria chamá-la novamente, conversaria com ela e com a mãe dela. No intervalo, minha filha encontrou a aluna que fazia bullying contra a irmã e foi tirar satisfação no refeitório, porém ela negou. No entanto, as colegas de sala confirmaram. Foi então que na saída minha filha foi tirar satisfação novamente e acabou entrando em vias de fato”, descreve.

Suellen também contou que registrou boletim de ocorrência contra a mãe da menina agredida, visto que ela teria ido até a escola ameaçar sua filha.