O câncer de mama não deve ser negligenciado quando o assunto é saúde da mulher. Qualquer indício ou desconfiança mínima da doença, uma consulta deve ser agendada imediatamente. A Clínica São Vicente dá informações importantes sobre o câncer de mama, além de detalhar um estudo que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está realizando em relação à mudança da idade mínima para realizar a mamografia.
Primeiramente, é importante conhecermos os principais sinais de alerta do câncer de mama. O doutor Brenno Giovanni Hernando Vidotti, médico oncologista e cirurgião da Clínica, explica que esses sinais podem variar, sendo o mais comum o nódulo ou o espessamento na mama e/ou próximo a ela. Além da alteração no tamanho e formato da mama, secreção, sensibilidade ou retração do mamilo, irritação, vermelhidão ou escamação da pele.

O médico também cita a doença em sua condição mais rara e agressiva, que é o câncer de mama inflamatório, cujos sintomas são manchas vermelhas na pele, alterações cutâneas como ‘peau d’orange’, edema e calor na mama afetada. “É importante notar que a presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que uma pessoa tenha câncer de mama, pois essas alterações podem ocorrer em várias condições benignas. No entanto, a avaliação de sintomas relatados pelos pacientes é essencial para a detecção precoce de recorrências locais ou regionais, o que pode impactar a sobrevida”, esclarece o médico.
O tratamento do câncer de mama é baseado no nível do estágio da doença, além das características específicas do tumor, e também da preferência do paciente. O oncologista explica que os tratamentos são divididos em terapias locorregionais e sistêmicas.
Mamografia
A mamografia é um exame de imagem, e o principal meio de confirmação do câncer de mama. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou a Consulta Pública 144, que sugestiona a realização do rastreamento populacional do câncer de mama bienalmente (de dois em dois anos), com indicação de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos. A proposta não foi bem aceita pela população.
“O rastreio do câncer deve ser direcionado às mulheres na faixa etária e periodicidade em que há evidência conclusiva sobre redução da mortalidade por câncer de mama, e que o balanço entre benefícios e possíveis danos à saúde dessa prática seja mais favorável”, explica o Dr Brenno. Ele esclarece que a consulta pública propõe o rastreamento populacional do câncer de mama, mas essa proposta não altera a cobertura assistencial da ANS. De acordo com o médico, mulheres de qualquer idade tem o direito de realizar o exame com mamografia bilateral, conforme indicação médica, e com mamografia digital para mulheres de 40 a 69 anos.
“Atualmente, a cobertura da mamografia na saúde privada é obrigatória para mulheres de 40 a 69 anos. Já a rede pública, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, recomenda que o exame seja feito de forma rotineira para mulheres de 50 a 69 anos. Não é proibido, no entanto, que mulheres mais jovens se submetam a ele”, orienta.
O especialista ainda comenta que a consulta aberta da ANS para ouvir a população já encerrou e que a agência deverá publicar um relatório com as considerações e decisões tomadas. Dr Brenno ressalta que a agência pode usar as sugestões do público para orientar as decisões, mas não tem obrigação de acatá-las.
“Para obter mais informações sobre os direitos em relação ao exame de mamografia, o paciente deve entrar em contato direto com a ANS ou com seu plano de saúde. Por enquanto essa situação ainda não está em vigor, portanto, as pacientes mantêm o direito do exame normalmente”, finaliza.
Serviço
A Clínica São Vicente está localizada na Rua São Vicente de Paulo, n.º 250, no Centro. Os telefones para contato são: (41) 3552-4000 ou WhatsApp: (41) 98780-1440.
Edição n.º 1450. Victória Malinowski.