Maratonistas medalharam na 1ª prova oficial durante a pandemia

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Após mais um ano sem a participação em provas oficiais, os atletas de Araucária mostraram que têm garra e conquistaram pódios na Ultra Maratona Guaraqueçaba Morretes 2021, realizada no sábado, 15 de maio. Todos eles fizeram o percurso de 52 km, equivalente a uma maratona. Da Equipe Rodrigues, Josiane Morosini foi vice-campeã geral na categoria Feminino Warrior. Na categoria Masculino Warrior, Hailton Rodrigues foi o vice-campeão geral; Edison Dantas foi o 3º colocado geral e Alessandro Rodrigues o 5º na classificação geral.

Na categoria Masculino Survivor, Eduardo Maia foi vice-campeão geral; Odair José Ribeiro o 3º na categoria 45/49 anos e Fabio Ferreira o 1º na categoria 35/39 anos. “Foi minha primeira prova oficial desde que a pandemia começou. E o nome já diz tudo, ‘ultra’ maratona, uma corrida de superação, onde o único adversário é você mesmo. Foi uma corrida diferente de todas que eu já participei, e olha que tenho quatro maratonas já. Nunca tinha vivido tantas emoções”, comentou o atleta Odair. Da mesma forma o atleta Edison comentou que além de ser sua primeira prova durante a pandemia, também foi sua primeira ‘ultra’. “Foi uma prova desafiadora, principalmente pelo percurso de terra e muitas subidas”.

O atleta é também responsável pela equipe, Hailton disse que está muito feliz por todos os atletas que aceitaram o desafio em fazer essa prova. “Foram 52km de muita emoção. Superamos limites, corremos com o coração. Foi muito bom ver a evolução dos nossos meninos e meninas, e ainda fomos a equipe com melhor resultado na competição, conquistando sete pódios. Agradeço a todos que torceram por nós, enviando mensagens e palavras de motivação, e também aos amigos que puderam estar presentes, nos incentivando e apoiando durante a prova. Um agradecimento especial à minha equipe de apoio, formada pela minha família Renaldo, Zenilda, Glória e Leonor, que me estimularam durante os 52km, dizendo que eu estava bem e seria capaz de fazer uma grande prova. Juntos somos fortes”, comemorou Hailton.

Mais pódios

Ana Paula de Oliveira, que representou a equipe Cicles Archelau, foi a 3ª colocada geral nos 52 km. A atleta também destacou o percurso difícil, com muitos buracos, lama e pedras soltas, que tornou o desafio ainda maior. “Decidi participar da prova juntamente com o casal de amigos Valéria e Wilmer, que também tiveram excelentes resultados na prova. Realizamos todos os treinos de preparação juntos. A ultra foi uma das provas mais desafiadoras que já fiz, não tinha noção até começar a percorrer e conhecer, no dia anterior à prova, a estrada de Guaraqueçaba até a pousada. Levamos duas horas de carro para fazer todo o trajeto. Ali já começamos a sentir que seria uma prova dura, com muitos obstáculos. Contamos com o apoio do João Carlin, que nos forneceu toda a hidratação e alimentação no percurso. Sofri uma queda no km 38, por conta das pedras e buracos, porém nada grave e continuei na prova, mantendo o ritmo. Em alguns momentos as pernas já não respondiam mais e a vontade de parar era imensa. No entanto, consegui manter a mente fortalecida e assim continuei até o final. A chegada foi recompensadora, encontrando o meu marido e amigos para confraternizamos, o resultado foi surpreendente e fiquei imensamente feliz por essa conquista, que foi de muita superação e determinação, onde desistir jamais será uma opção”.

Wilmer e Valéria Schroeder Jacó da Silva formam o primeiro casal de Araucária a correr junto uma maratona. Ela foi campeã na categoria 45/49 anos e ele o 2º colocado na categoria 50/54 anos. “Essa prova era algo que eu estava esperando para fazer desde que finalizei a primeira maratona, porém ela requer muito treino e condicionamento físico. Treinei durante um ano aproximadamente, com foco apenas na ultramaratona, mas aí veio a pandemia e tivemos que adiar os treinos. Corremos em estrada de chão, com vários treinos em Araucária. Sobre as dificuldades, a maior foi a estrada, sem dúvidas, com muitos buracos, e em determinados trechos, praticamente não havia nem onde pisar. Algumas pessoas caíram durante a prova. Mas mesmo com essa dificuldade, realizei meu sonho e já vou me preparar para a próxima”, disse a atleta Valéria.

Wilmer explicou que eles estavam inscritos para fazer esta prova em 2020, mas a mesma foi cancelada devido à pandemia. Finalmente, no começo deste ano a remarcaram. “Foram mais de 90 dias de treinamento e alimentação regrada. Além dos buracos e pedras no caminho, o que piorou com as chuvas fortes que caíram na semana anterior à prova. Para se ter uma ideia, percorremos o trajeto no dia anterior de camionete, e levamos quase 2h, por conta da buraqueira. Foi um desafio enorme, levamos seis horas e vinte minutos correndo. Foi muita superação”, festejou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1262 – 20/05/2021

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